Em 2020, o número de novos casos de infeção era de 4.146.
Em 2021, o número de novos casos de infeção foi de 10.016.
Assim, em Portugal, no dia de Natal, em 2021, existiram mais do dobro (2 vezes e meia superiores) de novos infetados por COVID-19 do que no mesmo dia de Natal de 2020.
Desta forma, se tudo se mantivesse na mesma (se as variáveis fossem semelhantes), então no ano de 2021, deveriam existir mais do dobro de internados, mais do dobro de pessoas hospitalizadas em cuidados intensivos e mais do dobro de mortes no dia de Natal de 2021.
Ainda pior do que isso, tendo em conta que, em Portugal, em 2021 não existiram as restrições que existiram em 2020 (onde nem sequer se pôde circular entre regiões), então devido a essa liberdade individual que existiu em 2021, os contágios deveriam ser muito maiores e consequentemente os números globais da pandemia deviam ser ainda piores.
Assim, olhando para os números em Portugal no dia de Natal de 2020, e tendo em conta estas variáveis referidas que se agravaram, em 2021 os números deveriam ser pelo menos 3 vezes maiores.
Em 2020, existiam 2754 internados por COVID-19. Tendo em conta as proporções, deviam existir mais de 8000 internados por COVID-19 em 2021.
Em 2020, existiam 504 hospitalizados em cuidados intensivos por COVID-19. Tendo em conta as proporções, deviam existir mais de 1500 hospitalizados em cuidados intensivos por COVID-19 em 2021.
Em 2020, em Portugal, no dia de Natal, existiram 65 mortes por COVID-19. Tendo em conta as proporções, deviam existir cerca de 200 mortos por COVID-19 em 2021, no dia de Natal, em Portugal.
Mas não é isso que se vê em 2021.
Pelo contrário, apesar de um número muito maior de infetados:
– em vez de 3 vezes mais internados, existiram 3 vezes menos internamentos devido à COVID-19.
Na prática, é um número 9 vezes inferior ao espectável!
– em vez de 3 vezes mais hospitalizados em cuidados intensivos, existiram 3 vezes menos hospitalizados em cuidados intensivos devido à COVID-19.
Na prática, é um número 9 vezes inferior ao espectável!
– em vez de 3 vezes mais mortos, existiram 6 vezes menos mortos.
Na prática, é um número 18 vezes inferior ao espectável!
Crédito: Marques Mendes, SIC
Qual é a variável que permitiu estas melhorias significativas nos números de doença grave?
A variável é clara: as vacinas são a única diferença, pela positiva, entre o ano de 2020 e o ano de 2021.
A enorme diferença nos números está na vacinação.
A vacinação permitiu 18 vezes menos mortes do que o expetável, caso não existisse vacinação.
Em vez de 180 ou 200 mortos, existiram somente 10 mortos no dia de Natal.
As vacinas funcionam!
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