Portugal 2021 vs. 2022

Na semana passada, Marques Mendes, na SIC, partilhou este gráfico com os dados da pandemia a 1 de Janeiro (de 2021, comparado com 2022).

Crédito: Marques Mendes, SIC

Em 2021, o número de novos casos de infeção foi de 6.951.
Em 2022, o número de novos casos de infeção foi de 23.290.
Assim, em Portugal, no primeiro dia do ano, em 2022, existiram mais do triplo de novos infetados por COVID-19 do que no mesmo dia de 2021.

Desta forma, se tudo se mantivesse na mesma (se as variáveis fossem semelhantes), então no ano de 2022, deveriam existir mais do triplo de internados e mais do triplo de mortes no primeiro dia do ano de 2022.
Ainda pior do que isso, tendo em conta que, em Portugal, nesta passagem de ano para 2022 não existiram as restrições que existiram na passagem de ano para 2021 (onde nem sequer se pôde circular entre regiões), então devido a essa liberdade individual que existiu em 2022, os contágios deveriam ser muito maiores e consequentemente os números globais da pandemia deviam ser ainda piores.

Assim, olhando para os números em Portugal a 1 de Janeiro de 2021, e tendo em conta estas variáveis referidas que se agravaram, em 2022 os números deveriam ser pelo menos 3 vezes maiores.
Em 2021, existiam 3289 internados por COVID-19. Tendo em conta as proporções, deviam existir cerca de 10.000 internados por COVID-19 em 2022.
Em 2021, em Portugal, no primeiro dia do ano, existiram 66 mortes por COVID-19. Tendo em conta as proporções, deviam existir cerca de 200 mortos por COVID-19 em 2022, no primeiro dia do ano, em Portugal.

Mas não é isso que se vê em 2022.
Pelo contrário, apesar de um número muito maior de infetados:

– em vez de 3 vezes mais internados, existiram 3 vezes menos internamentos devido à COVID-19.
Na prática, é um número 9 vezes inferior ao espectável!

– em vez de 3 vezes mais mortos, existiram 3 vezes menos mortos devido à COVID-19.
Na prática, é um número 9 vezes inferior ao espectável!



Qual é a variável que permitiu estas melhorias significativas nos números de doença grave?

A variável é clara: as vacinas são a única diferença, pela positiva.

A enorme diferença nos números está na vacinação.
A vacinação permitiu 9 vezes menos mortes do que o expetável, caso não existisse vacinação.
Em vez de 200 mortos, existiram somente 21 mortos no primeiro dia do ano.

As vacinas funcionam!

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