O médico e deputado Ricardo Baptista Leite, há cerca de 1 mês atrás, na CNN Portugal (aqui, a partir de 1:05:30), deu sugestões excelentes sobre a COVID-19.
Por exemplo, os rastreios (dos contatos dos infetados) não deviam ser feitos pelos médicos, porque eles deviam era tratar dos doentes COVID e não-COVID.
Outro exemplo: a dose de reforço deveria ter sido dada mais cedo (a mais pessoas), se tivesse existido um melhor planeamento. Se a dose de reforço (vacina) tivesse sido dada mais cedo a mais pessoas, as medidas restritivas ainda em vigor em Janeiro e Fevereiro não seriam necessárias.
Mas a ideia mais importante que ele deu é que infeção não é doença.
A realidade hoje é diferente de há 1 ano atrás. O modelo está obsoleto.
O número mais importante que devia ser comunicado atualmente é o número de infetados não-vacinados: esse número é que permite estimar o impacto no sistema de saúde, já que são maioritariamente as pessoas não-vacinadas que são internadas e que morrem.
O também médico e político Adalberto Campos Fernandes concorda com esta ideia de que o número de novos casos de infeção é obsoleto, e diz que o que devia ser comunicado é o número de hospitalizações e mortes diárias, por esquema vacinal (quantos estão vacinados e quantos não estão vacinados, em termos de internamentos e mortes).
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