O jornal britânico Daily Star trouxe na sua primeira página a menção a um relatório que incentiva a privatização da Lua.
Uma discussão económica feita pelo Adam Smith Institute, um think tank neoliberal, concluiu que a Lua deve ser privatizada, de modo a acabar com a pobreza na Terra.
A Lua devia ser dividida em parcelas. Cada parcela devia ser atribuída a um país diferente. Os países poderiam arrendar partes da sua parcela, a multimilionários. O dinheiro investido pelos multimilionários devia ser aplicado em cada país para o benefício das pessoas e reduzir o nível de pobreza.
Além disso, segundo estes economistas, esta estratégia iria democratizar o turismo espacial, e os fundos conseguidos pelo aluguer da Lua poderiam financiar a exploração espacial.
Não sei se isto é uma proposta feita por brincadeira, ou se os economistas que participaram neste “estudo” são demasiado inocentes.
Obviamente, com a corrupção existente nos governos, o dinheiro pago pelos investidores privados iria para os bolsos dos políticos, e não para acabar com a pobreza da população.
Afinal, atualmente, existem vários programas como este (na Terra), em que países estrangeiros pagam bastante dinheiro para explorarem certos recursos num determinado país, e esse dinheiro pago por outras nações não chega à população do país, que vive na pobreza.
Além disso, o think tank tem que se decidir: esses fundos iriam para programas económicos de modo a acabar com a pobreza das pessoas, ou iriam para financiar a exploração espacial?
Também não entendo como uma estratégia de turismo espacial para multimilionários iria democratizar o turismo espacial…
Concordo com uma coisa neste relatório: tem que se começar a pensar seriamente na questão legal de se reivindicar os direitos sobre propriedades extraterrestres.
Tendo em conta o que está a acontecer na Ucrânia, quem pode garantir que a seguir não será a China em Taiwan, e posteriormente a mesma China em Marte?
Fonte: Daily Star.
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