A água tem 3 estados: sólido (gelo), líquido e gasoso (vapor).
Apesar de que, quando pensamos em água, pensamos no seu estado líquido.
Mas pode haver um quarto estado da água.
“Estudos indicam que pode existir um quarto estado de água além do sólido, líquido e gasoso. A descoberta causa debate no mundo da ciência.
Já são vários os estudos que indicam que existirá não um, mas dois estados de água líquida com diferenças significativas na densidade e estrutura.
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A ideia de que poderá existir uma quarta fase da água remonta a mais de 100 anos quando o físico-químico Sir William Hardy defendeu a existência de uma quarta fase. Também o físico alemão Wilhelm Röntgen, que primeiro descobriu os raios-X, sugeriu, em 1892, que a água poderia ser composta por duas fases distintas que coexistiam numa mistura.
Desde então, várias teorias têm surgido na tentativa de explicar as propriedades únicas da água, com a década de 1990 a ser novamente marcada pelo modelo de dois estados da água líquida, baseado em simulações de computador que procuravam replicar o seu comportamento real.
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A água reúne um conjunto de propriedades únicas, com pelo menos 66 das suas características a diferirem das dos restantes líquidos. Químicos já vieram relacionar este conjunto único de propriedades às redes tetraédricas de ligações de hidrogénio que constituem a água, mas muitas perguntas se mantêm sem resposta.
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Apesar da sua composição aparentemente simples que consiste num único átomo de oxigénio combinado com dois de hidrogénio, a água não deixa de levantar, ainda, muitas questões e existe pouco conhecimento sobre o seu “comportamento social”, ou seja, a forma como as moléculas de água interagem não apenas umas com outras, mas também com outras moléculas.
O quarto estado da água é um bom começo na aventura de desvendar os seus enigmas. Mas o que diferencia este estado dos restantes? Pollack explica: “O quarto estado é um estado ordenado da água no qual, contrariamente à água líquida, onde as moléculas têm mais liberdade e se movimentam aleatoriamente um elevado número de vezes a cada segundo, as moléculas apresentam uma estrutura”.
O enigmático quarto estado da água estaria algures entre os estados sólido e líquido, apresentando uma estrutura semelhante a “uma clara de ovo crua” e tendo o potencial para se assumir como a peça do puzzle perdida que permite compreender todos os fenómenos da água que não estão ainda bem explicados.
Numa das suas experiências, Pollack colocou na água uma substância hidrofílica – substância que tende a ser atraída pela água – e pôde observar que “as moléculas de água adjacentes à superfície deste material sofrem uma transformação radical e criam uma camada”. Esta camada criará outras camadas, formando uma zona à qual deu o nome de “zona de exclusão” por serem expelidas dessa região quaisquer soluções ou partículas. É essa zona que corresponde ao novo estado da água apresentado por Pollack.
Nas suas descobertas, pode, inclusive, verificar, que as várias camadas que constituíam a quarta fase da água não apresentavam a composição H2O pela qual é conhecida, mas a composição H3O2. “É possível que exista um estado da água que não é H2O”, explicou Pollack numa apresentação realizada em parceria com a universidade de Gelph.
As novidades não ficam por aqui. Pollack e a sua equipa também repararam que a zona de exclusão não era neutra, contrariamente à “água líquida “normal””, assumindo-se antes como uma região de carga negativa. O que se segue a este conjunto de camadas é a restante água, onde se reúnem todas partículas rejeitadas pela zona de exclusão e cuja carga é positiva.
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Segue-se agora uma outra questão importante: o que significa tudo isto? “Esta divisão de cargas funciona como uma bateria e conseguimos provar que dá energia suficiente para acender, por exemplo, uma lâmpada.”
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Com a ajuda apenas de luz infravermelha, e, de forma menos eficaz, de outros tipos de luz como a luz visível, a água consegue gerar energia, o que mostra um “um enorme potencial” para variadíssimos campos, garante Pollack. As implicações desta descoberta poderiam influenciar desde as áreas da biologia e química à ciência atmosférica e engenharia.
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Será possível que a energia que Pollack diz estar na água possa ser uma nova energia verde? Poderá esta ser uma vitória para a sustentabilidade?
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E como provou ser possível retirar impurezas, Pollack explica que também será possível remover sal da água. “Estamos agora pensar aplicar esta ideia na água do oceano. Usamos este método em água salgada, o sal é removido da zona de exclusão e podemos recolher água já livre de sal, água potável”.
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Há muito que a água é alvo de estudos, experiências e teorias e ao longo das décadas surgiram outras teses a tentar explicar as suas características anómalas. Um exemplo seria a proposta que defende que a água no estado líquido que conhecemos é, na verdade, a combinação de dois líquidos distintos. (…)”
Podem ler todo o artigo, de Rita Matos, na Visão, aqui.
A primeira coisa que me lembrei é que o Universo poderá ter estados de água diferentes dos encontrados na Terra.
Se em Titã temos lagos de metano e se em Neptuno chovem diamantes, então é de esperar outros fenómenos surpreendentes em planetas distantes, em que coisas aparentemente normais (da forma como as vemos na Terra) se apresentem bastante diferentes do que esperamos.
H3O2 é uma molécula. É química. Tal como a água normal.
Neste caso, estamos a falar de Água Hexagonal, também chamada de Água-Gel ou Água Estruturada.
O problema é que não há qualquer evidência comprovada de que ela exista.
Sim, já foram observados agrupamentos de água, em que a molécula de água “apanha” outros átomos de hidrogénio e oxigénio, mas durante menos de 1 centésimo de segundo. Não é estável.
O maior problema de tudo isto é que é usado para fraudes.
Existem empresas que dizem vender este tipo de água hexagonal, com as frases típicas de vigarice pseudo: “resonates with energetic vibrations of the body to amplify life force”, “improves your energy levels and mood”, “your immune system will work better in fighting off illness”, “boost your brainpower”, “prevention and treatment of cancer, diabetes, aging, and AIDS”, etc.
A verdade é que a ciência (os laboratórios científicos) já analisou a água contida nestas garrafas vendidas por estas empresas.
O que encontrou foi: água de outras garrafas de água normais, água da torneira, e, em alguns casos, urina.
Só para sublinhar: há pessoas a desperdiçar balúrdios de dinheiro em supostas garrafas de água hexagonal, quando na verdade estão a beber água da torneira com urina.
2 comentários
“Descoberto um novo estado da água.”
Imediatamente me veio à cabeça o plasma (o quarto estado da matéria).
Author
Por acaso, também pensei nisso 😀
Great minds think alike 😉