Esta conversa que anda a ser partilhada nas redes sociais, demonstra bem a Falácia da Inversão do Ónus da Prova: não é o cliente que tem de provar que não recebeu a encomenda. Como o prova? Mostrando as mãos vazias? Obviamente, isto não faz sentido. O fornecedor é que tem de provar que a encomenda chegou ao destino.
O mesmo se passa nas pseudociências: não é a ciência que tem de provar que algo (Homeopatia, Astrologia, Reiki, etc) não funciona. Apesar de muitas vezes, até o fazer.
É a pseudociência que tem de provar que não é uma vigarice: que existem resultados positivos, com estudos independentes, objetivos, e duplamente cegos.
Curiosamente, isto fez-me lembrar a escultura invisível (Io sono) que foi vendida por 15 mil euros.
Ou ainda outra escultura invisível (Buddha in contemplazione) do mesmo autor:
A subjetividade imposta na arte dá nisto: esculturas invisíveis, em que são os compradores que “provam” a existência de algo.
Tal como nas pseudociências, é o “comprador” que imagina que existe ali alguma coisa, quando objetivamente aquilo é uma mão cheia de nada.
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