O Telescópio Espacial Hubble confirmou: o cometa C/2014 UN271 (Bernardinelli-Bernstein) deverá ter o maior núcleo cometário alguma vez visto pela Humanidade.
Com cerca de 137 quilómetros de diâmetro, este núcleo cometário é gigantesco!
(ele é cerca de 50 vezes maior que a média dos núcleos dos cometas conhecidos)
Felizmente, não vem para próximo de nós.
O mais próximo que virá será a cerca de 1,6 bilhões (no Brasil) de quilómetros de distância do Sol, o que é um pouco mais longe que o planeta Saturno. E mesmo assim, isso só acontecerá a 23 de Janeiro de 2031.
O período da sua órbita elíptica é de cerca 3 milhões de anos. Por isso, só daqui a 3 milhões de anos virá novamente para perto dos planetas exteriores do sistema solar.
Por andar tão longe do Sol, não perdeu massa.
Daí ter um núcleo tão grande e ter uma massa estimada em 500 triliões (no Brasil) de toneladas, o que é 100 mil vezes mais maciço que o típico cometa encontrado mais perto do Sol.
Muito provavelmente existem muitos outros mega-cometas nos locais mais distantes do sistema solar.
Infelizmente, não os conseguimos detectar.
Neste caso, apesar do seu núcleo ser mais negro que o carvão, e de ele estar bastante longe do Sol, como se está a aproximar da órbita de Saturno, a temperatura subiu (para uns “tórridos” -211ºC) e a sua enorme coma ficou ativa, tornando-se brilhante em alguns comprimentos de onda.
Esta relíquia do sistema solar tem cerca de 4 bilhões (no Brasil) de anos de idade.
Ele foi descoberto por Pedro Bernardinelli e Gary Bernstein em imagens de arquivo, mas só agora com as observações do Hubble (e observações no comprimento de onda do rádio) foi possível perceber o seu enorme núcleo.
Fontes: artigo científico, Hubblesite, NASA.
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