Créditos: NASA / JPL-Caltech / ASU / MSSS
“Som é a propagação de uma onda mecânica acústica (frente de compressão mecânica); é uma onda longitudinal que se propaga de forma circuncêntrica apenas em meios materiais (como sólidos, líquidos ou gasosos). (…)
Seres humanos e vários animais percebem sons com o sentido da audição, via ouvidos, o que permite saber a distância e posição da fonte sonora: a chamada audição estereofônica. Os sons audíveis pelo ouvido humano têm uma frequência entre 20 Hz e 20 000 Hz; onde abaixo e acima desta faixa está o infrassom e o ultrassom, respectivamente. (…)
O som é resultante de uma vibração, que se transmite ao meio de propagação. (…)
O som propaga-se em qualquer meio material elástico. Quando uma fonte sonora produz uma vibração, esta é transmitida a todo o meio material que a envolve e em todas as direções. Esta vibração é comunicada aos constituintes mais próximos da matéria, que sucessivamente a transmite aos constituintes seguintes através de choques entre eles.
A vibração de uma fonte sonora causa uma onda. Há um movimento ondulatório que se propaga no ar em todas as direções, partindo da fonte. O som propaga-se por ondas invisíveis: as ondas sonoras ou acústicas. São também chamadas ondas de pressão, porque transferem energia por variações de pressão no meio de propagação. O som não se propaga no vazio, como por exemplo, no espaço.
Logo o som pode ser descrito através de uma sequência de ondas sonoras, que são ondas de deslocamento, densidade e pressão que se propagam pelos meios compressíveis.” (in wikipedia)
Assim, o som propaga-se pelo ar em ondas.
O ar é composto por diferentes gases (elementos químicos), sob uma determinada pressão.
Na Terra, o ar é composto por uma mistura de nitrogénio/azoto, oxigénio, dióxido de carbono, e outros elementos em menor quantidade.
Mesmo na Terra, com o mesmo ar, quando estamos a altitudes diferentes, com variações na pressão atmosférica (menor temperatura e menor densidade), o som (as ondas sonoras) move-se mais lentamente.
Se por acaso mudarmos a composição atmosférica (ex: suponham que respirávamos hélio), então o som seria absolutamente diferente.
Na água, ainda na Terra, o som move-se de forma diferente também.
A atmosfera marciana é composta em 95% por dióxido de carbono. Assim, a sua composição é diferente da terrestre.
Além disso, a pressão atmosférica na superfície é 1% da medida na Terra.
A maior densidade atmosférica encontrada em Marte é igual à encontrada na Terra a 35 quilómetros de altitude!
Por isso, o som move-se de forma diferente em Marte.
A velocidade do som num meio mais denso (e quente) é superior à velocidade do som num meio menos denso.
Assim, sem surpresa, através dos instrumentos no rover Perseverance, os cientistas confirmaram que a velocidade do som em Marte é mais lenta.
Em Marte, perto da superfície, o som propaga-se a cerca de 240 metros por segundo.
Na Terra, com uma atmosfera mais densa, perto da superfície o som propaga-se a 343 metros por segundo.
Curiosamente, devido a determinadas propriedades das moléculas de dióxido de carbono em baixas pressões, o som em Marte tem velocidades díspares a diferentes frequências.
Sons mais agudos podem viajar 10 metros por segundo mais rápido do que os sons mais graves.
Assim, os sons mais agudos chegam ao ouvinte mais depressa do que os sons mais graves.
Supondo que conseguíamos falar em Marte como falamos na Terra (na verdade, não conseguíamos sobreviver em Marte sem a ajuda de um fato espacial), então a experiência acústica seria certamente assombrosa!
Fontes: artigo científico, Science Alert.
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