Já tenho aqui criticado bastante a chamada “zona habitável”, para os sistemas estelares.
Muitas vezes dizemos que um planeta é parecido com a Terra e está na zona habitável da sua estrela, considerando somente 2 ou 3 parâmetros, e ignorando todos os outros (porque na grande maioria das vezes nem os conhecemos).
Como já tenho dito, se estivéssemos num planeta muito distante, e olhássemos para o Sistema Solar, provavelmente diríamos que Vénus é um planeta igual à Terra, que estaria nos limites interiores da zona habitável e que seria certamente habitado por vida tal como a conhecemos na Terra.
Na verdade, Vénus é um planeta do tamanho da Terra, tem uma massa similar e é um planeta rochoso. De resto, é muito diferente do nosso planeta. E não, não é habitado por leões, crocodilos ou humanos.
Devido a estas críticas ao conceito de zona habitável, gostei deste cartoon:
Investigadora/Pesquisadora de exoplanetas:
“Descobrimos o exoplaneta mais parecido com a Terra.
Quer dizer, está na zona habitável. Ou melhor quase nessa zona. Bem, está na zona de sobrevivência.
Na verdade, está preso gravitacionalmente à sua estrela (ou seja, mostra sempre o mesmo lado para a sua estrela). E como está próximo da estrela, leva com rajadas de explosões estelares (com enorme quantidade de energia). Além de levar com muitos asteroides e cometas. Sem esquecer que está banhado em ácido.
Mas detetamos algum vapor de água no meio de todos os perigos (“lâminas balançando”).
Por isso, esperamos encontrar bio-assinaturas. Provavelmente, conseguimos detetar os gritos de terror da vida que lá existir.”
Claramente, apesar de ter vapor de água e poder ter o mesmo tamanho e massa da Terra, este não é um planeta parecido com a Terra de modo a ser habitável por vida tal como a conhecemos.
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