Nebulosa Boomerang
O cartoonista Simon Byng cria extraordinários cartoons sob o nome: Future Mock Cartoons.
Neste cartoon, Simon Byng destaca a Nebulosa Boomerang.
A Nebulosa Boomerang é uma nebulosa planetária em formação, que se encontra a cerca de 5.000 anos-luz de distância da Terra.
A característica mais importante, como realça o cartoon, é que esta nebulosa é o “objeto” cósmico mais frio em todo o Universo conhecido.
A sua temperatura é de 1 K (−272,15 °C); ou seja, tem somente 1 grau acima do zero absoluto! Até a radiação à sua volta está mais quente que ela. Por incrível que pareça, até é mais quente que a radiação cósmica de fundo.
É o local mais frio do Universo!
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Carlos Oliveira
Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
2 comentários
Existe a possibilidade desta nebulosa conter algum planeta possivelmente habitado? É tão frio que penso ser incapacitante para o desenvolvimento de seres vivos.
Author
As nebulosas planetárias formam-se quando uma estrela como o Sol “morre”.
Assim, tal como o Sol tem planetas ao seu redor, é esperado que as nebulosas planetárias também tenham esses planetas.
No entanto, a nebulosa não é propriamente um “objeto” da forma como normalmente o definimos, por isso eu coloquei entre aspas.
É somente uma expansão de gás e plasma da estrela moribunda.
Assim, a temperatura é do gás em expansão.
Se existirem planetas à volta da estrela moribunda, então o gás em expansão, à medida que passar por esses planetas, certamente que os irão afetar.
No entanto, a vida que pudesse existir nesses planetas, já teria sido muito afetada negativamente pela “morte” (colapso) da estrela.
É provável que a vida não sobreviva à “morte” das estrelas.
Dando um exemplo concreto: nos próximos 2 bilhões de anos, o Sol gradualmente irá ficar tão “inchado”, que a superfície da Terra irá ficar gradualmente cada vez mais quente e será impossível para a vida terrestre (como a conhecemos) continuar a existir à superfície da Terra. Depois, daqui a 5 bilhões de anos, o Sol irá colapsar e vai-se tornar uma anã branca (com a nebulosa planetária ao redor). Nessa altura, muito provavelmente já não existirá vida na Terra. Mas a existir (como a conhecemos), será muito simples e/ou nas profundezas do planeta. Se a vida simples nas profundezas sobreviver à morte da estrela, será que irá ficar muito afetada pela passagem de uma nebulosa fria?
E se fôr em Marte ou em Júpiter, mais longe da estrela?
Supondo que nesses planetas existe vida, então ela irá sofrer bastante com a evolução da estrela (para gigante vermelha) e depois com a “morte” dessa estrela. A passagem da nebulosa será só mais uma contrariedade a somar às já existentes.
Digo eu… uma opinião avalizada, mas somente uma opinião, porque não é baseada em nada que pudéssemos já comprovar 😉
Ou seja, é para tomar a minha opinião somente como opinião baseada em conhecimento existente. Mas não como algo factual ou baseado em evidências.
abraço!
P.S.: tem razão quanto à temperatura incapacitante. No entanto, essa é a temperatura do gás. Se a vida não existir no gás propriamente dito, então não estará a essa temperatura. 😉