Chineses descobrem novas evidências de água no passado de Marte

Imagem feita pela sonda Tianwen à parede lateral da cratera Triolet, a 17 de Abril de 2022.
Créditos: CNSA / PEC

A missão chinesa Tianwen-1 é constituída por uma sonda, Tianwen, que orbita o planeta Marte e um rover, Zhurong, que anda pela superfície do planeta vermelho.
O objetivo da missão é encontrar evidências da existência de água em Marte.

Um estudo publicado esta semana na revista científica Science Advances, aqui, mostra que na extensa planície conhecida como Utopia Planitia existem “minerais hidratados que podem ser explorados, durante futuras missões tripuladas a Marte”.

Os minerais hidratados datam do recente Período Amazónico (há cerca de 700 milhões de anos) em Marte. Assim, nessa altura, esse local devia estar inundado de água.

A confirmar-se, isso quer dizer que terá existido água líquida na superfície de Marte muito mais recentemente do que se pensava.

Para chegar a esta conclusão, o rover Zhurong tem tirado fotografias na superfície marciana e tem analisado materiais marcianos com dois espectrómetros.
O rover também tem um laser que fura (parte das) pedras. Ao fazê-lo, cria algum “fumo”, que é imediatamente analisado. Ao realizarem essas análises, os instrumentos indicaram moléculas de água e os cientistas perceberam que os dados do rover mostravam que as pequenas pedras continham minerais hidratados (que contém água).
As análises também mostraram uma camada de duricrust: a sua formação requer que muita água esteja a brotar do interior da superfície planetária ou que uma grande quantidade de gelo esteja a derreter na superfície planetária. O mais provável, dizem os cientistas, é que uma camada enorme de gelo tenha derretido naquela zona.

Os cientistas (astrónomos, biólogos e geólogos planetários) chineses especulam que esse poderá ser um bom local de armazenamento de água (nos minerais hidratados e gelo) para que futuros astronautas possam usar em Marte.

Fontes: artigo científico, Space.com, Phys.org, Reuters.

Pequenas pedras na superfície de Marte, vistas pelo rover Zhurong.
Créditos: CNSA / PEC

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