A Arábia Saudita é um país riquíssimo, devido ao petróleo.
Talvez por isso, os direitos humanos são ignorados: quer por eles, quer por outros países, que não os responsabilizam.
O dinheiro ganho com o petróleo é normalmente gasto em defesa (armamento).
No entanto, esses recursos financeiros também são aplicados na educação (universidades com muitos recursos) e quiçá até em criatividade tecnológica.
É o caso desta notícia: a Arábia Saudita vai construir uma cidade futurista, em Linha, com 170 quilómetros de comprimento.
Ela será “balizada” por duas muralhas espelhadas, paralelas, com 500 metros de altitude, separadas por 200 metros de largura.
Esta enorme cidade em linha vai, naturalmente, atravessar desertos e montanhas.
A cidade vai-se apropriadamente chamar-se The Line.
A cidade terá capacidade para alojar 9 milhões de pessoas.
(ou seja, basicamente a população de Portugal pode se mudar para lá)
Como será construída por fases, até 2045, terá capacidade para alojar simultaneamente 1,5 milhões de pessoas.
O projeto é descrito como uma “revolução civilizacional”.
A cidade não terá estradas, carros ou emissões poluentes.
Supermercados e zonas de lazer estarão a um máximo de 5 minutos a pé.
As funções de qualquer cidade serão, aqui, acessadas verticalmente.
Para percorrer a cidade de uma ponta à outra, serão utilizadas várias linhas de metro subterrâneo.
O metro de alta velocidade demorará somente 20 minutos para percorrer 170 km.
As fontes de água e energia serão 100% renováveis, e consequentemente a cidade será ambientalmente sustentável.
Esta cidade, The Line, está inserida numa ideia futurista mais alargada.
A ideia total chama-se NEOM.
Neom significa: “novo futuro”.
Este futuro empreendimento tecnológico será do tamanho da Bélgica.
Neom contém 3 estruturas futuristas:
– The Line: uma área habitacional, que permite às pessoas viverem lá. É uma cidade.
– Oxagon: uma área industrial, para desenvolver tecnologias avançadas e “verdes”.
– Trojena: uma área turística nas montanhas, onde será possível, entre muitas outras atividades, fazer-se esqui na neve em pleno Golfo Pérsico. Parte deste projeto poderá já estar aberto ao público dentro de 4 anos e o objetivo é que ele esteja perfeitamente funcional aquando dos Jogos Olímpicos de Inverno que serão realizados na Arábia Saudita em 2029.
A Neom é uma das apostas mais fortes e futuristas da agenda Saudi Vision 2030.
Este plano para o futuro pretende que a economia da Arábia Saudita não esteja tão dependente do petróleo (que poderá não durar muitas décadas).
Assim, a Arábia Saudita, a seguir ao petróleo, pretende basear a sua economia em energias renováveis, como a água, o hidrogénio e o Sol.
Para isso, irá apostar em desenvolver tecnologias de ponta, que incluirá avanços digitais, inteligência artificial, empregadas domésticas robotizadas, etc.
A visão realmente é fabulosa e bastante futurista.
O dinheiro para o projeto não deve faltar.
Se se vai concretizar ou não… esperemos algumas décadas para ver.
Os super-projetos muitas vezes são demasiado megalómanos, e não se conseguem concretizar.
Não sei se será este o caso.
Por outro lado, se isto será uma cidade utópica ou distópica (tendo em conta o sistema político), fica à vossa consideração…
4 comentários
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Um projecto completamente absurda. É só ir ao youtube e ver a imensas explicações porque é uma péssima ideia.
Author
Mas quais são as críticas mais relevantes? 😉
Há péssimas ideias que são concretizadas…
O Trojena, por exemplo, penso que será o mais fácil de concretizar, já que eles irão organizar os Jogos Olímpicos de Inverno.
Uns exemplos:
https://www.youtube.com/watch?v=vyWaax07_ks
https://www.youtube.com/watch?v=e85vwIzgMus
https://www.youtube.com/watch?v=rB_X5ZUcZlE
https://www.youtube.com/watch?v=pnrAxfzHElo
Deixo aqui alguns canais interessantes. Tem muitos vídeos a desmitificar planeamento de cidades.
https://www.youtube.com/c/NotJustBikes
https://www.youtube.com/c/AlanFisher1337
https://www.youtube.com/c/AdamSomething
https://www.youtube.com/c/ClimateTown
Primeira vez que ouço falar desse projeto. Onde encontro os vídeos em questão? Adoraria conhecer as razões dos críticos.
Amplexos!