Como certamente percebem, há várias décadas que viajo frequentemente de avião (em trabalho e lazer).
Alguns aeroportos (e países) são muito mais detalhados em termos de segurança (ex: na Alemanha), enquanto outros aeroportos são mais superficiais.
Algumas regras para os viajantes, compreendo-as perfeitamente, enquanto outras regras parecem-me feitas para dar uma falsa/ilusória sensação (mental) de segurança: afinal, a pessoa nunca está 100% segura, esteja onde estiver.
Os artigos de higiene são alguns dos itens que tenho dificuldade em compreender.
Não se pode embarcar com cremes, líquidos, aerossóis ou itens similares, com mais de 100 ml, na bagagem de mão.
Também não se pode levar champôs, condicionadores, perfumes, etc, com mais de meio litro.
Materiais explosivos, combustíveis, fósforos, lixívia, insecticidas, venenos, etc, consigo compreender perfeitamente o porquê da proibição.
No entanto, sempre que viajo, tenho que levar, por exemplo, pasta de dentes pequena, de modo a poder viajar só com mala de mão. Porquê?
Recentemente, consegui perceber o porquê: “em 1976, 73 pessoas morreram na queda de um avião em Barbados. A tragédia foi provocada por explosivos carregados em dois tubos de pasta de dente.”
Assim, sendo a regra só se poder viajar com embalagens pequenas, o risco da explosão ser substancial, diminui.
Desta forma previne-se os ataques terroristas.
A mesma razão existe para o porquê de tirarmos os sapatos quando passamos pelo controlo de segurança nos aeroportos.
Em 2001, num vôo da American Airlines, entre Paris e Miami, o terrorista Richard Reid tentou detonar uma bomba a bordo do avião. Onde estavam os explosivos? Estavam escondidos nas solas dos seus sapatos.
Felizmente, a tentativa não teve sucesso já que tinha chovido em Paris, além do terrorista transpirar dos pés: os explosivos estavam demasiado molhados.
Desde aí, por razões de segurança, os sapatos são inspecionados à parte nas máquinas de raios-X.
Assim, existem razões para as regras nos aeroportos.
Se olharmos para esta problemática de uma forma generalista, como números, obviamente, podemos questionar se um exemplo terrorista há 20 anos atrás, deve levar a que todos os aeroportos instaurem a regra para milhões de passageiros todos os dias durante décadas.
No entanto, se olharmos para este assunto de forma pessoal (se pensarmos que podemos estar nós próprios, ou familiares nossos num desses aviões), penso que todos nós privilegiamos a segurança, mesmo que isso signifique perdermos alguns minutos para passarmos pelo controlo dos aeroportos.
1 comentário
“além do terrorista transpirar dos pés” :):):)