Family Guy lida com Star Trek e Deus

O 11º episódio da 7ª temporada da série Family Guy, de Seth MacFarlane intitula-se: Not All Dogs Go to Heaven – Nem todos os cães vão para o céu.

O episódio começa com a toda a família numa Convenção de Star Trek, imersa em Trekkies.
Nessa convenção, o bebé Stewie diz que prefere Picard sobre Kirk, o que é um insulto para alguns Trekkies. Curiosamente, eu concordo com ele: Picard é mais equilibrado, comedido, inteligente e racional.
O bebé Stewie compra uma “planta autêntica” de um teleporter de Star Trek, e resolve construir um, de modo a raptar todo o elenco de Star Trek – The Next Generation.

A outra história no mesmo episódio diz respeito a Meg: Meg apanha papeira porque não se vacinou (a família é negacionista, anti-vacinas). Com isso, é obrigada a ficar de cama. Enquanto fica em casa, de cama, começa a ver os canais religiosos, bastante manipuladores, que utilizam frases Barnum para apanharem pessoas desesperadas. Assim, Meg converte-se ao Cristianismo.
Deus aparece como se fosse Flash Gordon, com barbas brancas.

Crédito: Fox Broadcasting Company

Brian, o cão, é o mais ponderado, inteligente e racional da família.
Quando Meg o tenta converter, ele afirma-se como ateu.
Brian fala sobre as maravilhas expostas pelas imagens do Hubble Space telescope (que nunca viu deuses no céu) e diz que detesta “ver pessoas a odiar-se e a matar-se, para defenderem a sua interpretação pessoal de algo que não conseguem entender”.
Após Brian dizer que é ateu, a comunidade, completamente intolerante, acusa-o de ser pior que um terrorista ou Hitler.
Os Cristãos aproveitam para queimar vários livros que eles consideram que colocam em causa a crença em Deus. Alguns dos livros queimados são: “A Origem das Espécies”, de Charles Darwin, “Breve História do Tempo”, de Stephen Hawking, e “Ensino da Lógica para a primeira classe”.
Brian diz a Meg que esta não é a forma correta de tentar saber o porquê de estarmos aqui, e afirma: “a verdadeira resposta para a natureza da nossa existência será mais espantosa do que podemos conceber/imaginar”.

O final do episódio é fabuloso, com uma sequência de imagens que mostram o quão pequeno é o nosso Universo.
Essa sequência acaba num fotão de luz que existe num candeeiro de uma mesinha de cabeceira.
Assim, a sugestão é que o nosso universo conhecido é uma simples “poeira” de um Universo gigantesco – o qual nunca teremos capacidade para compreender.

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