Há uma semana atrás, a NASA divulgou a notícia de que, a 24 de Dezembro de 2021, a sonda InSight registou um pequeno sismo/abalo de magnitude 4 em Marte.
O evento causador foi o impacto de um meteoroide (que tinha de tamanho, entre 5 a 12 metros de diâmetro) na superfície Marciana.
O impacto deu-se a cerca de 3500 quilómetros de distância da sonda InSight.
I detected one of the biggest meteoroid impacts ever seen on Mars. I thought it was a marsquake until the Mars Reconnaissance Orbiter, flying overhead, imaged the impact crater, which excavated buried chunks of water-ice. That’s what friends are for!
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— NASA InSight (@NASAInSight) October 27, 2022
Essa colisão criou uma cratera de 150 metros de diâmetro e 21 metros de profundidade, na região de Amazonis Planitia.
Alguns detritos provocados pelo impacto foram projetados até 37 quilómetros de distância.
A imagem feita pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), que orbita o planeta vermelho, é impressionante.
A colisão fez com que gelo que estava sob a superfície, fosse lançado para a superfície.
No local da colisão, vê-se agora muito gelo: pedaços de gelo do tamanho de pedras.
Este é o local mais próximo do equador marciano onde já foi identificada água em estado sólido (gelo).
Como é o local mais quente do planeta, não se esperava encontrar gelo.
Obviamente, isto é importante, caso se queira colonizar Marte no futuro.
Gelo de água sob a superfície pode ser um recurso essencial para futuros astronautas em Marte, como por exemplo, para criarem água potável, para usarem em atividades agrícolas e para utilizarem em combustível para foguetões.
O mesmo meteoro, se tivesse entrado na atmosfera terrestre, nunca chegaria ao solo: teria sido desintegrado ao atravessar a atmosfera.
Mas a débil atmosfera marciana deixa mais facilmente passar estes corpos.
Adicionalmente, o facto da gravidade marciana ser de somente 38% da terrestre, fez com que os detritos da colisão fossem projetados para mais longe.
Há muitas crateras em diversos corpos do Sistema Solar. Muitas delas são maiores que esta.
No entanto, esta deverá ser a maior cratera, em que quase foi testemunhada a sua formação.
Ingrid Daubar, cientista planetária e investigadora da missão InSight, disse que “a descoberta de um impacto tão recente deste tamanho não tem precedentes. É um momento entusiasmante na história geológica: conseguimos testemunhá-lo!”
Fontes: artigo científico, artigo científico, artigo científico, comunicado de imprensa, NASA.
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