UFO em Marte?

No passado dia 5 de Outubro de 2022 (Sol 3613), o rover Curiosity tirou algumas fotografias na superfície de Marte.

Crédito: NASA / JPL-Caltech

Na foto de cima, vê-se um objeto estranho, na parte esquerda da imagem.

12 segundos depois, o rover tirou nova foto (em baixo), onde já não se vê o objeto.

Crédito: NASA / JPL-Caltech

O que é aquele objeto?

É um verdadeiro UFO: não se consegue identificar com certezas o que é o objeto.


Não é o helicóptero Ingenuity: estava demasiado longe.

Poderia ser poeira no ar, mas desapareceu de forma demasiado rápida para ser poeira a voar pela fina atmosfera marciana.

Pode ser poeira/sujidade, um cisco na lente, que mal ficou na lente, também saiu. Parece estranho…


O facto é que estas coisas acontecem recorrentemente.

Por exemplo, a mesma câmera, a 7 de Agosto de 2021, fez esta imagem:

Crédito: NASA / JPL-Caltech

Será que andam naves de civilizações extraterrestres por Marte? Não.

Apesar de não sabermos o que é com 100% de certeza, como em tudo na vida, há respostas muito mais prováveis e sobre as quais sabemos que acontecem.

Esta imagem foi feita pelo rover Perseverance no dia 22 de Fevereiro, onde se notam pixeis defeituosos.
Crédito: NASA / JPL-Caltech / ASU / MSSS

Existe uma grande probabilidade de ser um mau pixel: que esteja com defeito ou com um pequeno pó por cima. Outras imagens da mesma câmera não mostram esse pixel defeituoso, porque o pequeno pó se moveu ou porque o filtro Bayer (tal como os nossos olhos, quando piscamos) compensa essa não-informação, com a informação mais provável nesse local tendo por base os pixeis ao lado.

No dia 6 de Março de 2021, o rover Perseverance fez esta imagem.
Na imagem da direita, o filtro Bayer compensou os pixeis defeituosos.
Crédito: NASA / JPL-Caltech / ASU / MSSS

Raio Cósmico é a resposta mais provável: várias imagens feitas em Marte são afetadas por raios cósmicos, porque ao contrário da atmosfera terrestre, a atmosfera marciana é mais permeável a eles. Assim, o raio cósmico colide com o detetor eletrónico na câmera, depositando energia nos pixeis, e o detetor deteta essa energia como se fossem fotões vindos daquilo que “está a ver”.

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