Esta imagem tem sido bastante difundida, sobretudo em círculos pseudocientíficos, como mostrando que os Sumérios tinham conhecimentos de astronomia muito avançados, conhecendo inclusivé 11 planetas no nosso sistema solar. Isto é defendido para “provar” a existência da fantasia do Nibiru.
A imagem na placa de argila mostra um círculo central e alguns pontos à volta. Nada indica que se tratam de planetas ou de deuses no céu.
Aliás, o selo de argila diz: “o seu servo/criado”, dando a entender que estamos na presença de um rei e de criados a servi-lo.
Apesar de não existir qualquer indicação sobre planetas, a ideia pseudocientífica foi sugerida por Zecharia Sitchin, que era seguidor de Erich von Däniken.
Apesar de nada na placa se referir a astronomia, a verdade é que os Sumérios realizavam excelentes e detalhadas observações astronómicas, fruto de existirem pessoas específicas incumbidas de observar os céus atentamente.
E qualquer pessoa, a olhar para o céu, consegue ver o Sol, a Lua, Mercúrio, Vénus, Terra (olhando para baixo), Marte, Júpiter e Saturno. Podem também ser observados alguns cometas ao passarem perto do Sol e da Terra. Observações muito atentas podem também levar a ver Úrano e quiçá até o asteróide Vesta. As próprias luas Galileanas de Júpiter (Calisto, Europa, Io, Ganimedes) estão no limiar da observação a olho nú.
Assim, apesar de nada provar que aqueles pontos são planetas (ou luas), a verdade é que seria possível aos Sumérios observar vários objetos celestiais conhecidos atualmente.
Os Babilónicos também fizeram registos detalhados de astronomia, e temos várias placas de argila para o comprovar.
Eles até registaram a passagem do cometa Halley, antes de Jesus percorrer a Terra.
1 comentário
Qualquer povo antigo pode ter estudado astronomia, como nós; pode inclusive ter estudado astronomia e fazer a extrapolação pseudocientífica para a astrologia, como nossa cultura atual faz.