Contentores

Crédito: Xutos & Pontapés

A par dos U2, Xutos & Pontapés foi um dos grupos que mais me marcou a nível musical durante a adolescência.

Uma das músicas mais emblemáticas deles é Contentores, do álbum Circo de Feras.

A letra da música fala de sair do local onde estamos e viajar para um lugar distante e desconhecido, supostamente no espaço: “A carga pronta metida nos contentores, Adeus aos meus amores que me vou, P’ra outro mundo. É uma escolha que se faz. O passado foi lá atrás. (…) Num voo nocturno num cargueiro espacial, Não voa nada mal isto onde vou, P’lo espaço fundo. Mudaram todas as cores, Rugem baixinho os motores. E numa força invencível, Deixo a cidade natal. Não voa nada mal. (…) Pela certeza dum bocado de treva, De novo Adão e Eva a renascer, No outro mundo. Voltar a zero num planeta distante (…).”

Claramente, a música fala de viajar para um planeta distante, numa nave espacial.

O refrão final fala de ter “um pouco de fé”, sendo que entendo esta palavra como esperança perante o desconhecido, perante a incerteza do que iremos ver, e não tanto no sentido religioso.

Se juntarmos esta música a “Não sou o Único“: não sou o único a olhar o céu.

E ainda lhe adicionarmos uma pitada de N’América: Com o novo mundo mesmo ali ao lado, Está mesmo ali ao lado, E eu vou ter que sair, e eu vou ter que partir, Finalmente vais ver, O que é que iria ser, o que é que eu iria ter, N’América, N’América.


Olhando agora para trás, é relativamente fácil interpretar que estas músicas me influenciaram a sair de Portugal, viajar para os EUA, e passar o tempo a olhar para o céu (astronomia). 😉

E podemos pensar que “A minha Casinha” é sobre voltar à casa. No entanto, é preciso não esquecer que essa “casinha” fica num “Modesto primeiro andar, A contar vindo do céu”. Mais uma vez, o tema das “viagens” em direção aos céus (neste caso, espero que seja de elevador)…

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