Existem várias empresas que prometem “mundos e fundos”, sob a capa de ferramentas para emagrecimento: promovem dietas, comunicam as tretas do costume sobre alimentação, fornecem receitas, comercializam porções de comida para refeições, vendem suplementos alimentares, etc, etc, etc.
Normalmente, isto é acompanhado de vendas agressivas de outros produtos, como cremes e outras coisas.
Por vezes, os clientes até se sentem coagidos a comprarem esses produtos.
Mas cada pessoa faz o que quer: quem quer gastar dinheiro inutilmente nisto, gasta.
Quem quer realmente emagrecer, deve saber que pode comer de tudo, em porções moderadas, de forma equilibrada, comer mais alguns produtos (vegetais e fruta) do que outros (doces), fazer exercício, etc. Deve sobretudo saber que é tudo uma questão de contabilidade: energia consumida vs. energia gasta: quanto mais se consumir e não se gastar, mais essa energia se acumula no corpo (mais se engorda). É simples.
A DECO Proteste, tem uma página com dicas sobre emagrecimento, aqui.
A própria DECO desmascarou 20 produtos “para emagrecer”: produtos que estão à-venda nos supermercados e lojas de especialidade, nas secções de produtos “saudáveis” e para “emagrecimento”. Os resultados das análises a esses produtos mostram que eles não têm efeito, e alguns contêm substâncias diuréticas ou laxantes – que são incompatíveis com um emagrecimento real. Vários produtos ditos naturais, como aloe vera, frutos exóticos, e produtos orientais (como o ginseng), são vendidos a preços exorbitantes (para o seu custo real), apesar de não terem quaisquer evidências de que promovam qualquer emagrecimento. O único efeito é na carteira: fica mais leve. Podem ler o artigo, aqui. Como é alertado no artigo: não comprem “gato por lebre”.
Leiam também este estudo feito a várias empresas, que fazem consultas de nutrição e que promovem o negócio do emagrecimento (por milhares de euros!). É importante lerem este artigo, com dicas sobre o que devem e não devem fazer.
Crédito: Chelsea Conrad / The Washington Post; Pexels.
Porque falo disto?
Porque recentemente estava a ouvir uma rádio portuguesa, e ouvi um anúncio publicitário de uma destas empresas em que se promovia o testemunho de uma pessoa que basicamente defendia o anti-conhecimento, já que era contra os médicos e contra os medicamentos.
Fiquei escandalizado: como é possível ainda existirem anúncios a promover tretas?
Mas depois pensei: os jornais continuam a publicitar a astrologia…
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