Uma equipa de pesquisadores da British Antarctic Survey descobriu organismos vivos, até então desconhecidos, nas profundezas da gélida Antártida.
Os pesquisadores estavam a recolher uma amostra de núcleo de sedimento abaixo da plataforma de gelo Filchner-Ronne: perto da ilha Berkner.
Esta plataforma encontra-se a cerca de 260 quilómetros do oceano aberto.
Durante a “escavação”, a broca encontrou um obstáculo depositado no solo oceânico, a cerca de 1233 metros de profundidade (mais de 1 km): era uma pedra.
Quando examinaram detalhadamente esta rocha, os cientistas descobriram estranhas criaturas marinhas (parecidas com finas esponjas) agarradas a este pedregulho.
No passado, já se tinham encontrado animais nas profundezas da Antártida, como peixes, vermes, medusas e krill.
Mas estes seres estão fixos no local, estão agarrados à pedra (não se movem pelo oceano). Assim, longe da água aberta e da luz solar, envoltos em trevas eternas e temperaturas gélidas, a sua única fonte de sustento (e, consequentemente, de energia e nutrientes) serão pequenos alimentos que passem por eles (que sejam filtrados por eles). Ou será que estes organismos obtém a energia que necessitam da água de degelo glacial? Ou será por processos quimiotróficos (infiltrações de metano)?
Esta descoberta levanta algumas perguntas: como se desenvolveu esta vida? Como se sustenta? Será que este tipo de vida agarrada a pedras nas profundezas da Antártida é comum?
Fontes: artigo científico, British Antarctic Survey.
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