Afélio terrestre

O afélio da Terra é o ponto da órbita terrestre que se encontra mais afastado do Sol.
No entanto, um observador ocasional não nota qualquer diferença (cerca de 3%) no tamanho aparente do Sol em relação ao periélio, que é o ponto da órbita terrestre em que a Terra está mais próxima do Sol.

O afélio não calha a um dia certo.
Em 2017, o afélio deu-se a 3 de Julho. O ano passado (2022) foi a 4 de Julho. E este ano é a 6 de Julho.
As datas diferentes de afélio e periélio mudam em poucos dias, devido ao movimento de precessão do planeta e a fatores orbitais (incluindo a influência da órbita da Lua que também nos “puxa” nessa direção).

No dia 6 de Julho às 21:07 de Portugal, 17:07 de Brasília, a Terra atingiu o seu ponto mais distante do Sol neste ano de 2023.
Nessa altura, a Terra distou cerca de 152 milhões de km de distância do Sol.

No Hemisfério Norte, estamos neste momento no Verão.

Como se percebe, a distância ao Sol não é a razão para termos estações nem sequer interfere na meteorologia local.
As estações do ano são devidas à inclinação do eixo da Terra (23,4º) em relação ao seu plano orbital.
No Hemisfério Norte estamos em pleno Verão, apesar de estarmos mais longe do Sol, porque o eixo de rotação da Terra juntamente com a órbita terrestre coloca o pólo norte na direcção do Sol.
A altura do Sol – no zénite no trópico de Câncer (com os raios solares a incidirem diretamente, com menor inclinação), as longas horas de exposição ao calor solar (os raios solares atingem o hemisfério norte durante mais tempo) e a constituição do hemisfério norte, com grandes extensões de terra e rocha que facilmente aquecem e irradiam o calor, fazem com que o fator distância seja praticamente irrelevante.

Se arbitrariamente marcarmos o dia de aniversário da Terra, como o ponto mais distante da sua órbita ao redor do Sol, então no dia 6 de Julho de 2023 tivemos que dizer: Parabéns Terra!

1 comentário

    • Jonathan Malavolta on 16/07/2023 at 13:34
    • Responder

    Como cantaria Merilyn Monroe, “Happy Birthday, dear Earth!”

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