Parque da Gorongosa

O famoso programa 60 Minutes fez um segmento muito interessante sobre o Parque Nacional da Gorongosa.

Crédito: Gorongosa National Park / Jean Paul Vermeulen

O multimilionário e filantropo Greg Carr criou uma Fundação que restaurou a vida mais complexa no Parque da Gorongosa.

Greg era um empresário de tecnologia norte-americano.
Numa das suas viagens a Moçambique, ele ficou maravilhado com a vida animal na Gorongosa.

No entanto, em 2004, após 28 anos de guerra entre humanos que devastou a vida animal da região, restavam poucos animais de grande porte na Gorongosa.
Em todo o parque, por exemplo, existiam somente 5 leões, e alguns tinham só 3 pernas, porque tinham pisado minas/armadilhas.
95% da vida selvagem da Gorongosa foi dizimada para alimentação e lucro dos humanos.

Greg financiou um projeto de restauração da vida animal na Gorongosa.
Primeiro tiveram que remover 20 mil minas, armadilhas e arames que foram deixadas pela guerra.
Depois introduziram novamente espécies de herbívoros, como búfalos, zebras, etc.
Seguidamente, introduziram espécies de carnívoros, como leopardos, hienas, leões, etc.
Rapidamente, o parque tornou-se um oceano de vida selvagem. Por exemplo, devem existir atualmente cerca de 200 leões na Gorongosa. E devem existir cerca de 100 mil animais de grande porte, como elefantes e hipopótamos.

O parque voltou a ter grandes animais, mas também passou a ter muitas pessoas.
Greg empregou 1600 trabalhadores locais no parque. E contratou professores para ensinarem as novas gerações a não matarem os animais, mas sim para utilizarem o parque em seu proveito (ex: fomento do turismo – animais que anteriormente eram caçados, agora passam a valer muito mais quando estão vivos). As novas gerações já não pensam na guerra, mas sim na preservação da natureza.

Greg criou um sistema educacional local baseado na preservação, abrindo a mente das crianças locais a pensarem em novas oportunidades de vida: a educação pode levá-las longe. As alunas querem agora ser enfermeiras, professoras, guardas-florestais, etc, quando há 10 anos atrás elas pensavam que o seu único caminho na vida era casarem-se com um homem mais velho.

Greg diz que o parque pertence às pessoas da região. É o seu legado cultural.

No final, ele admite que investiu mais de 100 milhões de dólares da sua riqueza na preservação deste parque.
E termina dizendo: “Para quê que vou ficar com o dinheiro? Vou levá-lo no caixão? Prefiro investi-lo em filantropia e com isso desfrutar da alegria que isso me proporciona.”


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