Até Agosto de 2023, somente os EUA, União Soviética e China tinham pousado com sucesso na Lua.
Várias outras tentativas já tinham sido feitas: por exemplo, a mesma Índia tinha tentado este pouso em 2019, mas a sonda Chandrayaan-2 colidiu com a Lua; há uns meses, uma empresa Japonesa privada também tentou pousar na Lua e falhou; e recentemente a Rússia tentou o mesmo feito, mas também culminou em falhanço.
Agora, a Índia tornou-se no quarto país a conseguir pousar sondas na Lua.
E foi o primeiro país a pousar uma sonda na região do Pólo Sul da Lua.
Tudo isto com um custo total de cerca 75 milhões de dólares (o que é pouco mais de metade dos 130 milhões de dólares que custou a Luna-25 russa).
Já agora, como curiosidade comparativa, o filme Interstellar teve um custo de 165 milhões de dólares. Assim, a realidade da conquista espacial tem um custo de cerca de metade do que custou a fantasia cinematográfica. Ou dito de outra maneira: com o orçamento do filme norte-americano, os Indianos conseguiam colocar duas sondas na Lua.
A missão Chandrayaan-3 não tem uma sonda orbitadora da Lua. Mas tem sim uma lander chamada Vikram, que pousa na Lua, e depois sai de lá um rover chamado Pragyan, que dá pequenos passeios pela superfície lunar.
Chandrayaan quer dizer “nave lunar”, em sânscrito.
Vikram quer dizer “coragem”. A lander tem este nome em honra do astrónomo Vikram Sarabhai, que liderou o ISRO (Indian Space Research Organization).
Pragyan quer dizer “sabedoria”.
O lançamento desta missão deu-se a 14 de Julho de 2023.
No dia 23 de Agosto de 2023, a sonda pousou com sucesso na Lua.
Agora, os objetivos são científicos, nomeadamente a observação e análise da composição do solo lunar.
As experiências científicas visam analisar quimicamente o solo, de modo a determinar a sua composição química (quais os elementos químicos mais presentes), o que inclui tentar perceber a quantidade de água existente no solo tão perto do Pólo Sul lunar.
Lembro que esta região tem o potencial de água congelada – gelo – nas crateras do polo sul da Lua, para extrair água, oxigénio e combustível para futuras missões humanas.
Chandrayaan-3 Mission:
The image captured by the
Landing Imager Camera
after the landing.It shows a portion of Chandrayaan-3's landing site. Seen also is a leg and its accompanying shadow.
Chandrayaan-3 chose a relatively flat region on the lunar surface 🙂… pic.twitter.com/xi7RVz5UvW
— ISRO (@isro) August 23, 2023
Espera-se que a missão indiana em solo lunar (incluindo o rover) dure somente 14 dias.
Como comparação, a missão russa iria durar 1 ano.
“I think with India’s success now, the privatization push is going to get a huge boost”
Prof. @namygoswami on #India making history as the 1st nation to land on the lunar South Pole with its #Chandrayaan3 spacecraft.
Plus how Russia fits into this revitalized space race. pic.twitter.com/yX6V7COjPZ
— Julia Chatterley (@jchatterleyCNN) August 23, 2023
Espera-se que a próxima missão, Chandrayaan-4, seja lançada em 2028.
Essa missão também terá uma lander e um rover, sendo que terá capacidade para recolher amostras do solo lunar e fazer análises químicas no pequeno laboratório a bordo.
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