Em 1955, esta era a tecnologia: 62500 cartões perfurados, que continham, ao todo, 4,5 Mb de dados.
Estes cartões tinham que ser lidos pelo computador na ordem correta: agora, imaginem que a pessoa tropeçava e a coluna de cartões caía ao chão…
Certamente que muitas peripécias deste género aconteceram na altura.
Naquela altura, ninguém imaginaria a internet, computadores com terabytes de dados, computadores na palma da mão, eletrodomésticos que contém mais poder computacional que somente 5 Mb, etc. Nem sequer se imaginaria a necessidade de ter essas coisas…
Agora deixo a reflexão: da mesma forma que olhamos para o passado desta forma, temos que assumir que no futuro iremos pensar deste nosso presente dessa forma também.
Daqui a 100 anos, os computadores atuais serão relíquias de um passado distante. Nessa altura, terabytes será uma capacidade muito fraca, mesmo para tecnologia básica. E qual será a nova revolução “digital”? Será digital? Qual será a nova “internet”?
Penso na inteligência artificial e de como ela irá revolucionar o nosso modo de vida.
Da mesma forma que os cartões perfurados já não são utilizados e as pessoas que os usavam perderam esses empregos, também muitos outros empregos se vão perder e outros irão existir (que nem imaginamos atualmente) no futuro.
Isto até devia ser um alerta para as escolas: o ensino formal anda sempre atrasado em relação ao progresso: anda sempre a educar os alunos para o “mundo atual”, mas quando os alunos crescem, o mundo já é diferente (com alguns empregos e mentalidade diferentes).
E quando penso em vida extraterrestre, então aí é que se vê como temos pouca imaginação.
Da mesma forma que há mais de 100 anos se pensava em falar com os Marcianos com telégrafos (porque supostamente eles seriam tão avançados que teriam telégrafos), também atualmente cometemos o erro de pensar que se temos atualmente rádio-comunicação, então eles terão que ser inteligentes ao ponto de a terem também.
Infelizmente, a nossa memória histórica, e os ensinamentos que tiramos dela, é reduzida.
Se refletíssemos sobre os ensinamentos da História, percebíamos que daqui a 100 anos não teremos mais estes computadores, não teremos os mesmos empregos que atualmente, e não comunicaremos com as estrelas por rádio-telescópios.
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