Créditos: Unsplash, Iván Díaz.
Na altura da pandemia da COVID-19 escrevi dois artigos onde explico que:
– factos relacionados com as vacinas não são passíveis de discussão, sobretudo por quem não é especialista: por quem não tem formação académica no tema nem trabalha em investigação médica (ou seja, não tem experiência de trabalho no tema).
– o que se pode e se deve discutir publicamente é a forma como esse conhecimento objetivo é posteriormente aplicado com medidas concretas sobre os cidadãos. Ou seja, deve se discutir a aplicação de políticas de saúde.
Por exemplo, as políticas de saúde aplicadas no Reino Unido pelo governo de Boris Johnson foram um desastre.
Uma investigação independente feita a esse período mostrou que Boris pensava que a COVID-19 era uma coisa “normal”, e que era a forma da natureza lidar com pessoas idosas: matá-las mais cedo, para não serem um empecilho. Boris sugeria que as pessoas idosas deviam aceitar o seu destino. Assim, ele era contra o confinamento e restrições, sobretudo para os mais novos.
Os seus conselheiros em saúde disseram que Jonhson orgulhava-se de não ter literacia científica que lhe permitisse compreender conceitos complexos. Apesar disso, os seus conselheiros estavam constantemente a tentar que ele aprendesse as mesmas coisas.
Várias pessoas no seu governo escreveram que Boris estava a ser insano/demente, e completamente irracional nas decisões que estava a tomar.
Podem ler sobre isto, aqui, aqui, aqui e aqui.
Esta negação do conhecimento só terminou após Boris contrair o vírus, ter sido hospitalizado, e ter ficado muito perto da morte.
Nessa altura, mudou completamente a sua forma de pensar sobre a pandemia.
Curiosamente, a falta de empatia pelos mais velhos nem foi o facto mais escandaloso incluído nas conclusões da investigação.
Boris Johnson mostrou ser mais parecido a Trump do que somente pelo cabelo e pela negação do conhecimento.
Lembram-se quando Trump perguntou publicamente se injetar nas veias desinfetante, como lixívia, poderia matar o vírus? Leiam aqui.
Pois bem, Boris perguntou aos seus conselheiros (científico e médico) se colocar um secador de cabelo próximo do nariz poderia matar o vírus. Segundo Boris, essa ideia tinha sido dada num vídeo de Youtube de alguém, e ele tinha ficado a pensar se deveria espetar o “soprador de ar quente” pelas narinas acima.
E pronto… este é o nível dos nossos políticos…
Crédito: Daily Star
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