Jan 11

Hidroxicloroquina foi responsável por milhares de mortes

Crédito: CDC, Unsplash.

Durante a pandemia de COVID-19, foram muitas as falsas “curas milagrosas” vendidas à população.
A desinformação chegou ao ponto de alguns presidentes, como Trump e Bolsonaro, terem publicitado a hidroxicloroquina como sendo essa “cura”, apesar de não existirem quaisquer evidências disso.

Recentemente, um estudo científico publicado na revista científica Biomedicine & Pharmacotherapy mostrou que existiu um incremento de 11% de mortes de pessoas hospitalizadas que tinham tomado a hidroxicloroquina.
O estudo foi feito em hospitais de somente 6 países: EUA, Turquia, Espanha, Itália, França e Bélgica.
E só se focou em dados analisados entre Março e Julho de 2020.

O estudo estimou que pelo menos 17 mil pessoas morreram nesses 6 países nessa altura, porque tinham tomado hidroxicloroquina, como tentativa de superarem os efeitos da COVID-19.
Em todo o mundo – incluindo no Brasil -, durante 2 anos, os números foram certamente muito mais elevados.

Gostaria agora de saber se aqueles que na altura promoveram a desinformação e a propaganda anti-conhecimento vão ser responsáveis criminalmente por estas mortes…
Pois…

Fontes: artigo científico, CNN Portugal, Euronews.

Carlos Oliveira

Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.

Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.

Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).

Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.

Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.

2 comentários

    • Jonathan 'Hamelin' Malavolta on 21/04/2024 at 19:25
    • #
    • Responder

    Tive um agregado (marido de uma prima) que tomou Ivermectina em 2020, alegando que determinado médico estaria tratando seus pacientes a utilizando. Ivermectina é nome fantasia, desconheço o científico, mas por aqui o utilizamos como vermífugo em animais de fazenda de grande porte (como boi e cavalo, por exemplo); em seres humanos, são utilizadas frações dessa dose, e como vermífugo também (a dose inteira mataria um ser humano de overdose).

    Me lembro que pedi para esse quase parente me passar o D.O.I. do artigo que comprovava que COVID-19 tinha por completo o nome de “Coronavermes” – e não “Coronavírus” – e ainda fiz questão de lembrá-lo que Ivermectina era vermífugo e vermífugos não combatem vírus mas vermes. O mesmo insistiu na história do médico, obviamente sem apresentar o nome desse médico, alegou apenas que era de sua cidade; muito provavelmente deu crédito para alguma correntezinha boba de WhatsApp (rodaram várias pelo Brasil no período): “Ah, mas tem um médico daqui que está receitando Ivermectina pra tratar COVID.” Como se apenas ser médico bastasse para validar o tratamento.

    1. “pedi para esse quase parente me passar o D.O.I. do artigo que comprovava que COVID-19 tinha por completo o nome de “Coronavermes””

      😀 😀 😀 😀

      ri-me com esta situação 😀

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