No passado dia 25 de Fevereiro, à noite, foi visto sobre os céus de Trás-os-Montes, em Portugal, um arco-íris lunar.
O arco-íris lunar (moonbow, moon rainbow ou lunar rainbow) é igual ao arco-íris solar (diurno), sendo que a diferença entre eles é que a luz solar é substituída pela luz que é refletida pela Lua.
Os raios de luz (do Sol, ou vindos da Lua, neste caso) incidem sobre as minúsculas gotículas de chuva que se encontram na atmosfera.
Os raios, ao se encontrarem com as gotas de água suspensas, sofrem refração.
O ângulo de refração depende do comprimento de onda da luz (da côr da luz).
Esses raios são depois refletidos nas “paredes” internas das gotas.
Seguidamente saem das gotas e sofrem uma segunda refração na direção do observador.
Estas refrações da luz nas gotículas de água, juntamente com a dispersão da luz, criam o arco-íris multicolorido que estamos habituados a ver.
Como a luz refletida pela Lua é mais fraca que a luz vinda diretamente do Sol, então o arco-íris lunar é mais ténue e, consequentemente, mais difícil de se ver, que um arco-íris diurno, solar.
Além disso, para ser suficientemente visível, é necessário que a Lua esteja na sua fase de Cheia, de modo a refletir luz suficiente.
Como a Lua está acima do horizonte, para estar Lua Cheia o Sol está do lado oposto, abaixo do horizonte.
Adicionalmente, para haver um ângulo correto para o observador conseguir ver o arco-íris, a Lua tem que estar relativamente próximo do horizonte (no máximo, com 20º a 30º), o que evidentemente quer dizer que será pouco antes do nascer-do-Sol ou pouco depois do pôr-do-Sol.
Tudo isto leva a que os arcos-íris lunares sejam mais raros que os diurnos.
O arco-íris lunar foi registado pela primeira vez por Aristóteles, no ano de 350 a.C..
Estes arcos-íris lunares são menos espetaculares que os diurnos, mas seriam, na época, mais assustadores.
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