Terrorismo verde?

Tenho sido muito crítico do terrorismo climático, como podem ler aqui e aqui.

Durante a campanha eleitoral em Portugal, o futuro primeiro-ministro, Luís Montenegro, foi atingido na cabeça com tinta verde.

Crédito: SIC Notícias

Não entendo qual foi o objetivo deste jovem: será que ele é tão irracional que pensa que se agredir alguém, essa pessoa vai passar a concordar com ele em determinado assunto?
O jovem acha mesmo que é com violência que resolve os assuntos?
Este jovem pensa que se atirar tinta às pessoas, as pessoas passam a concordar consigo nos assuntos climáticos?
Esta forma de pensar é completamente absurda.

O que é que o jovem criminoso ambiental conseguiu com isto?
Conseguiu ter o futuro primeiro-ministro contra si (e contra aquilo que defende).
Conseguiu alienar parte da população. Mesmo pessoas que são a favor da transição climática não se revêem nestes comportamentos extremistas. Estas ações não persuadem ninguém para o movimento climático, mas repelem as pessoas sensatas e equilibradas.
Conseguiu mostrar que é facilmente manipulado por milionários que viajam em jatos privados. Este jovem fez o “trabalho sujo” das empresas que são a favor dos combustíveis fósseis.
Conseguiu mostrar que estes movimentos alegadamente pelo clima, são somente uma crença religiosa fundamentalista, que se reflete nestes comportamentos irracionais.
Demonstrou cobardia ao atacar um político europeu, onde o Clima tem sido bastante defendido, em vez de ter feito o mesmo em países, como a Rússia, China, etc, que prejudicam muito mais o clima.

Em termos de efeitos concretos, palpáveis, conseguiu com que se sujasse camisas, casacos, cabelo, etc.
O que fez com que se tivesse que gastar muito mais água, para os limpar.
Por isso, o jovem só piorou o desastre ambiental.

O terrorismo político nunca se deveria sobrepôr a soluções sustentáveis.
O espetáculo mediático nunca se deveria sobrepôr a alternativas racionais.

Em vez destas ações terroristas, penso que seria muito mais vantajoso que estes jovens estudassem ciência, nomeadamente nas áreas de desenvolvimento da “tecnologia verde”.
Se criassem tecnologia verde verdadeiramente eficiente, acessível e barata, certamente que ela seria abraçada pela civilização. Isto levaria à falência das grandes empresas poluentes, ou, no mínimo, à sua obrigação de mudar de tecnologia (para a verde) se quisessem continuar a ter lucro.

Fonte: SIC Notícias.