Cerca das 2 da manhã do dia 16 de Março de 2024, um meteoro foi visto a atravessar os céus de Portugal.
A “estrela cadente” foi filmada a partir de Évora, tendo seguido para nordeste.
A pequena pedra atingiu a nossa atmosfera a uma velocidade estimada de 61.000 km/h.
Foi considerado um bólide, já que tinha uma luminosidade apreciável.
Todos os dias “caem” cerca de 2 toneladas de poeira na atmosfera terrestre: ou melhor, a Terra é que, na sua órbita, passa por locais onde existem estes pequenos restos de asteróides.
Sendo assim, estes eventos de meteoros a atravessar a nossa atmosfera são normais e recorrentes.
Todos os dias são registados meteoros a “rasgar” a nossa atmosfera.
Sendo a Terra maioritariamente desabitada (porque a maior parte da sua superfície é constituída por água), estes eventos serem vistos sobretudo à noite, e cada um de nós viver numa parte minúscula do planeta, então estes eventos não são vistos por nós diariamente. Mas acontecem! E diariamente são registados em câmeras.
Recentemente, com a introdução de tecnologia pessoal (telemóveis/celulares com câmeras) e tecnologia doméstica (cada vez mais casas e empresas têm câmeras para o exterior), então essas câmeras captam cada vez mais meteoros a “rasgar” a nossa atmosfera, mesmo que naquele momento não existam humanos a verem.
A somar a toda esta tecnologia, ainda existem redes de monitoramento de meteoros, com estações por quase todo o mundo habitado, que registam a passagem de meteoros pela atmosfera terrestre. Como exemplos, temos a SPMN em Espanha, a Bramon no Brasil, a AMS nos EUA, a All-Sky da NASA, ou a AllSky7, que inclui estações por toda a Europa (e EUA), incluindo em Braga, Portugal.
Por isso, é que todos os dias são registados meteoros. Podemos não os ver pessoalmente, mas eles são registados pela tecnologia que observa e regista o que se passa 24 horas por dia.
É semelhante ao Sol: todos os dias ele nasce (na verdade, a Terra é que roda sobre o seu eixo), mas nem todos os dias o vemos (porque podem existir nuvens a bloquear o Sol); mas ele está lá, e podemos comprovar isso enviando satélites (tecnologia) para o espaço.
É como os meteoros: todos os dias atravessam a atmosfera da Terra; podemos não os ver pessoalmente, mas eles existem; e podemos comprovar isso, tendo tecnologia a registá-los.
Curiosamente, da mesma forma, existindo cada vez mais tecnologia, seria de prever que os avistamentos de naves espaciais pilotadas por extraterrestres fossem também aumentando. Mas não. Essas alegadas evidências foram diminuindo.
Quanto mais tecnologia, menos OVNIs; e os que há, continuam a estar desfocados.
Isto só mostra que o tema OVNI é mais crença religiosa baseada numa fraca observação visual do que um assunto científico…
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