Tenho sido muito crítico do terrorismo climático, como podem ler aqui.
Tenho muita dificuldade em entender como é que eles pensam que vandalizar arte e monumentos históricos vai levar a que as pessoas percebam que eles têm razão em termos climáticos.

Crédito: Just Stop Oil
No dia anterior ao Solstício, este grupo já tinha atacado Stonehenge, numa manobra publicitária deplorável.
Um dia depois, duas outras intervenientes (de 22 e 28 anos) do mesmo grupo, invadiram um aeródromo privado em Stansted, perto de Londres, e pintaram com a mesma tinta em pó laranja (baseada em farinha de milho) dois jatos privados.
O objetivo delas era pintar o jato privado de Taylor Swift, que tinha aterrado lá para dar continuidade à sua digressão “The Eras Tour”.
No entanto, não conseguiram encontrar o jato de Swift.
As duas mulheres foram detidas. E deviam ficar detidas…
JUST STOP OIL PAINT PRIVATE JETS HOURS AFTER TAYLOR SWIFT'S LANDS
Jennifer and Cole cut the fence into the private airfield at Stansted where @taylorswift13's jet is parked, demanding an emergency treaty to end fossil fuels by 2030.
Donate — https://t.co/UwALfVtRmR pic.twitter.com/aORdvUuQmU
— Just Stop Oil (@JustStop_Oil) June 20, 2024
A tinta sai facilmente, por isso os aviões ficarão lavados e perfeitos, novamente.
Mas lá está: o que elas conseguiram foi que se gastasse mais água, para limpar os aviões.
Assim, o resultado foi o desperdício de água: o que é mau para o ambiente.
Tal como nos outros casos, não contribuíram em nada para melhorar o clima.
Mas, neste caso, até se percebe a ligação da sua suposta causa aos aviões privados: gastam muito combustível.
No entanto, neste caso, atacando propriedade privada, podem não ter tanta sorte como quando atacam o património público.
Além de existir o problema da hipocrisia: este grupo não ataca os aviões privados dos seus ricos financiadores…
De qualquer modo, a minha conclusão é sempre a mesma:
Em vez destas ações terroristas, penso que seria muito mais vantajoso que estas jovens estudassem ciência, nomeadamente nas áreas de desenvolvimento da “tecnologia verde”.
Se criassem tecnologia verde verdadeiramente eficiente, acessível e barata, certamente que ela seria abraçada pela civilização. Isto levaria à falência das grandes empresas poluentes, ou, no mínimo, à sua obrigação de mudar de tecnologia (para a verde) se quisessem continuar a ter lucro.
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