Falei recentemente de mensagens falsas alegadamente vindas da polícia, aqui.
Os casos mais comuns de fraudes são o chamado “Phishing“, em que a pessoa clica num link, abre uma página alegadamente de uma empresa credível (na verdade, é uma cópia da página, feita por vigaristas), e digita as informações pessoais que lhe são pedidas. A partir daí, fica sem controlo sobre o que é feito nas suas contas.
No entanto, um outro tipo de burlas tem crescido bastante, e as autoridades têm tido muita dificuldade em travar estas burlas: são as burlas através do pagamento por Multibanco/ATM.
Empresas credíveis (como a EDP ou a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária) enviam e-mails, enviam mensagens para os telemóveis das pessoas ou telefonam mesmo para as pessoas, a avisar que existe um débito, uma fatura por pagar (uma dívida ou uma multa).
Note-se que estas mensagens/telefonemas não vêm das empresas reais: vêm sim de vigaristas, que se fazem passar pelas empresas credíveis.
Quando se paga estas faturas por Multibanco, coloca-se a entidade (o número que corresponde à empresa a quem estamos a pagar), a referência (a fatura do cliente), e o montante a pagar.
Ora, utilizando um código diferente para a entidade, a pessoa pode pensar que está a pagar a uma empresa credível, mas na verdade está a pagar a uma organização vigarista.
É o caso da Entidade 21800, que está sediada na Holanda, e que tem sido utilizada para várias burlas.
Vejam as reportagens na SIC Notícias, aqui e aqui.
CUIDADO!
Deve-se Desconfiar Sempre dessas mensagens!
1 comentário
Tal qual existe no Brasil. Direto me ligam do “INSS” (geralmente é um presidiário HOMEM – friso o caráter genital – fazendo voz de mulher e usando um celular/telemóvel de dentro de sua cela; o mesmo se finge “atendente de telemarketing” do “INSS” apresentando uma proposta para “o senhor Fulano de Tal” ou para “a senhora Ciclana da Silva” e, se a pessoa que atendeu a ligação continua a conversa, “a atendente” pede uma porção de dados sobre a pessoa – dados esses que geralmente são repassados para outro golpista, preso ou solto, continuar aplicando o mesmo golpe ou aplicar um novo, no “usuário do Sistema INSS” – e a pessoa, ingênua, cai no golpe). Eu sempre desconverso, ou digo que “não estou interessado”, desligando sem dar conversa (sequer ouço a proposta), ou digo “não tem ninguém aqui com esse nome” e novamente desligo sem dar a mínima chance para “a atendente” me dizer o motivo da ligação, ou simplesmente atendo com nome falso e aplico o golpe do “delegado de polícia” (já fiz isso uma vez, “Delegacia de Polícia, boa tarde. Delegado Josivaldo na escuta, em que posso ser útil?”, e a pessoa ficou mais de ano sem ligar pro meu telefone fixo).
Em tempo: INSS, aqui no Brasil, é um instituto de pensionistas e aposentados. Eu nunca abri nenhum processo por aposentadoria tampouco assinei procuração permitindo que terceiros o fizessem em meu nome, porém por ser de conhecimento jurídico em minha cidade o fato de que sou autista, fui aposentado pelo INSS à minha revelia (talvez quando souberam que sou autista quiseram “me gratificar” com uma aposentadoria que rende um salário de fome); essa aposentadoria forçada e contrária à minha vontade porém ocorreu em 2018 e meu telefone celular só foi comprado no final de 2019, mais de um ano e meio depois, e este telefone é PRIVADO, instituições judiciais públicas NÃO TEM esse número pois nunca passei a elas; como também nunca procurei o INSS, pelo contrário, fui aposentado contra a minha vontade sem sequer saber que corria um processo de aposentadoria, a referida instituição também NÃO TEM esse número; ou seja, se não fosse pelas operadoras de telefonia móvel do Brasil venderem pacotes de dados de seus usuários para interessados em comprá-las – ou, como consta no contrato, “compartilharem esses dados com empresas parceiras” – o golpista que faz voz de mulher para se fingir “atendente de telemarketing do INSS” nem teria como saber qual é o número de meu telefone. Isso me dá a certeza de que é golpe, por isso desligo o telefone logo que quem me ligou se identifica como “funcionária do INSS”.