Os Mashco Piro são uma tribo indígena de caçadores-coletores nómadas que habitam as regiões remotas da floresta Amazónica, na região de Madre de Dios, no Perú.
Existem cerca de 750 membros desta tribo.
Eles são considerados o povo mais isolado do mundo, já que evitam propositadamente o contacto com povos externos.
Este comportamento deve-se provavelmente às péssimas experiências que tiveram com os auto-proclamados “povos civilizados”.
Por exemplo, no final do século 19 e princípios do século 20, a tribo foi massacrada pelo exército do barão da borracha Carlos Fitzcarrald.
Os membros que não foram mortos, foram escravizados.
Os poucos que se salvaram, fugiram para áreas florestais remotas, para se esconderem da selvageria daqueles que se consideram civilizados.
Durante o resto do século XX, mantiveram-se escondidos e longe dos demónios brancos.
No entanto, neste século XXI, têm existido cada vez mais avistamentos de grupos de membros desta tribo, sobretudo nas margens dos rios Las Piedras e Madre de Dios.
Em 2013, até existiram membros da tribo a pedir comida aos moradores de vilarejos seus vizinhos.
Em Julho deste ano, a Survival International gravou vídeos e tirou fotografias a dezenas de membros dos Mashco Piro.
Aparentemente, este aumento de avistamentos deve-se ao facto deles estarem ameaçados pela indústria madeireira: a extração de madeira, sobretudo as atividades ilegais, têm devastado o seu território, fazendo com que eles tenham mais dificuldade em esconder-se e a terem cada vez menos sítios para procurarem comida.
O Homem “civilizado” destrói florestas inteiras.
Isso faz com que a casa dos povos tribais desapareça, mas também faz com que o ecossistema de inúmeras espécies animais também desapareça.
Sem casa e sem comida, é difícil sobreviver…
Vejam as reportagens, na SIC, na TVI, na BBC Brasil, e na KameraOne.
1 comentário
Salvo engano, na Amazônia brasileira nós também temos ao menos uma tribo isolada. Lendo essa reportagem, me veio à memória o nome Txucarramãe, uma tribo indígena do Alto Amazonas que vive completamente isolada, só alguns poucos ambientalistas não-indígenas e técnicos da FUNAI conseguem acesso a essa tribo, já que esta se recusa a viver junto aos “civilizados”.