A série The Goldbergs tem alguma graça.
É baseada em eventos reais de quando os criadores (ou amigos) eram crianças/jovens, e é muito interessante ver no final as pessoas reais, já mais velhas, a falar do que realmente lhes aconteceu.
No episódio 6 da 7ª temporada, intitulado “A 100% True Ghost Story“, a mãe Beverly compra 4 quadros de mulheres nuas para colocar na parede de casa. No entanto, ela e o seu filho Adam notam que os quadros estão sempre a cair da parede. Posteriormente notam que alguém rasgou os quadros, estragando-os.
O raciocínio da mãe e do filho mais novo é que algo sobrenatural os está a tentar destruir.
(nem sequer colocam a hipótese do filho mais novo, do filho mais velho, da filha, do pai, ou do avô, estarem a gozar com eles, já que isto foi na altura do Halloween).
O pai, mais racional, diz que a mulher e o filho são parvos por acreditarem nessas tretas.
Primeiramente, ele tenta explicar a queda dos quadros com razões absolutamente idiotas.
Depois, o pai convida o professor de ciências da escola mais próxima para ir lá a casa e explicar o que está a acontecer aos quadros: e provar que não existem fantasmas na casa.
O professor mostra que os ganchos que estavam a segurar os quadros são demasiado fracos para o peso desses quadros. Além disso, também como diz o professor, o impacto dos quadros ao caírem no chão terá provocado os rasgões nas telas.
Apesar das explicações já estarem dadas, a mãe contrata uma médium/psíquica para, alegadamente, ajudar a afastar os fantasmas dos quadros.
E a partir daqui, o episódio promove o “mistério”, a vigarice, ignorando a racionalidade.
No final do episódio, até dizem que não se chegou a qualquer conclusão (o que é mentira).
E por isso, com medo, a mãe deita os quadros ao lixo.
Curiosamente, após o final do episódio, fica-se a saber que a psíquica e o professor de ciências apaixonam-se, e dormem juntos.
O filho Adam vê-os com robes iguais de manhã, e pergunta-lhes porque estão vestidos de forma igual, ao que a resposta é: “há coisas que a ciência não consegue explicar”.
Ora, esta resposta é perfeitamente irónica: obviamente os robes são iguais porque eles dormiram juntos.
Assim, a ciência explica bem isso: eles é que não o quiseram dizer.
Desta forma, o mesmo se pode extrapolar para a história dos fantasmas: tudo era explicável – até porque foi durante o Halloween -, mas eles preferiram promover o alegado mistério paranormal.
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