Recentemente, tanto no Brasil, quanto em Portugal, tanto incêndios de grandes proporções, quanto queimadas, têm trazido, além das mortes humanas e de animais, destruição dos ecossistemas e prejuízos bilionários.
Antes de mais nada, para alertá-los sobre distorções e fake news divulgadas, principalmente por grupos extremistas anticlima [tão prejudiciais quanto militâncias extremistas ambientais], permita-me explicar a diferença entre estas.
Queimadas são são práticas de manejo controladas para limpeza de áreas de cultivo, renovação pastagens ou eliminação de pragas.
As queimadas podem ter causas humanas ou naturais, a citar as naturais: vulcanismo, descargas elétricas, etc.
Incêndio é fogo fora-de-controle que pode ser acidental e/ou criminoso.
Queimada só é considerada incêndio quando se tem a percepção que se perdeu o controle da dimensão territorial em que o fogo está se propagando.
Bem. Dito isso, vamos lá.
Em setembro e outubro, Portugal e Brasil viveram o que podemos dizer dum verdadeiro “inferno na Terra”: no Brasil, quase 60% do seu território – aproximadamente 5 milhões de quilômetros quadrados – estavam cobertos por fumaça, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais [INPE].
A grosso modo, toda essa fuligem é resultante do recorde de incêndios no país, principalmente na região da Amazônia Legal, tendo o registro do maior número de focos em 19 anos.
Segundo especialistas, um corredor de fumaça originado no sul da Amazônia acompanhou uma corrente de ar de baixo nível que chegou ao sul do país. Essa corrente de vento levou a fuligem para áreas que ainda não tinham sido afetadas, como os países-limítrofes.
Além disso, equacionou-se com a pior seca e maior estiagem em 75 anos, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade [ICMBio].
De acordo com o jornal online brasileiro Valor, a Polícia Federal abriu mais de 50 inquéritos para apurar os crimes ambientais envolvidos.
No mesmo período, em Portugal, 128 incêndios florestais que se propagaram no norte do distrito de Aveiro e Porto.
A rápida propagação dos incêndios foram causados também pela seca, além de fortes rajadas de vento que atingiram 70 km/h, além de temperaturas que ultrapassaram 30 °C. Segundo o Copernicus, os incêndios consumiram mais de 121 mil hectares de vegetação.
Áreas evacuadas, milhares de bombeiros mobilizados e fuga de animais nativos.
Somando-se o número de mortes humanas nos dois países, o saldo total são: 12 pessoas. E, na cotação em dólar à época, mais de US$ 16 biliões em prejuízos.
Quanto ao que nos reserva o futuro climático, sem spoiler, nos atentemos, principalmente, às novas [ou velhas] decisões da volta do presidente americano, Donald J. Trump, e o eixo mercadológico China-Rússia, nos seus tratados.
Fonte: AFP, Globo, Veja Abril e Euro News.
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