Detectadas partículas de antimatéria nas explosões solares

NASA’s SOHO spacecraft captured this image of a solar flare as it erupted from the Sun on October 28, 2003 (NASA / SOHO)

Erupção solar captada pela SOHO em 28 de outubro de 2003 (NASA / SOHO)

Associadas às tempestades magnéticas solares, as erupções solares são explosões gigantescas no Sol que enviam energia, luz e partículas em todas as direções do espaço. O seu número aumenta aproximadamente a cada 11 anos.

Quando o Universo se formou há 13,8 mil milhões de anos no evento que conhecemos como o Big Bang, existia a mesma quantidade de matéria e antimatéria. De alguma forma a matéria aniquilou a antimatéria (quando a matéria e antimatéria se encontram, aniquilam-se mutuamente), ficando apenas uma porção de matéria, o suficiente para formar estrelas, planetas e as galáxias que formam o nosso universo.

O estudo de fontes naturais de antimatéria, permitirá aos investigadores entender porque a antimatéria perdeu a batalha para a matéria nos primórdios do nosso universo.

Os positrões (pósitrons) são antipartículas de antimatéria. Os positrões, e+, e os electrões, e, (que populam os vulgares átomos) têm o mesmo comportamento físico, excepto que os electrões têm uma carga negativa, enquanto que os positrões, como o próprio nome indica, têm uma carga positiva. Esta diferença de carga faz com que os positrões interajam de forma diferente com os campos electromagnéticos, o que o professor Gregory Fleishman, do Instituto de Tecnologia de New Jersey e seus colegas russos do Instituto de Física Solar-Terrestre usaram para distingui-los.

O processo das erupções solares são muito energéticas e a massa que é ejectada acelera as partículas a uma velocidade próxima da velocidade da luz, permitindo a criação desses positrões.

Usando os dados do SOHO e imagens de rádio de duas frequências diferentes obtidas pelo Radioheliógrafo Nobeyama do Japão, a equipe russo-americana descobriram que a luz foi polarizada em diferentes direções para baixas frequências, onde a domina a matéria comum, comparativamente às altas frequências, onde mais antimatéria é esperada.

Que esse tipo de antipartículas sejam criadas nas erupções solares não é surpresa, mas esta é a primeira vez que os seus efeitos imediatos são detectados,” estes resultados foram apresentados no dia 08 de julho, na reunião 44 da Divisão de Física Solar da Sociedade Americana de Astronomia, em Bozeman, Montana.

O estudo tem profundas implicações para a obtenção de um conhecimento valioso através da detecção remota de antipartículas relativistas a partir do Sol e, possivelmente, de outros objectos astrofísicos por meio de observações de rádio-telescópios.

A capacidade de detectar essas antipartículas numa fonte astrofísica promete melhorar a nossa compreensão da estrutura básica da matéria e dos processos de alta energia, tais como erupções solares, que oferece ser um laboratório natural para abordar a maioria dos mistérios fundamentais do universo.

Fontessci-newsspace.comdailygalaxy

2 comentários

1 ping

  1. Se uma estrela como o sol tem 4,6 bilhoes de anos e pode ir a 9 e nascem e morrem estrelas nas galaxias sucessivamente entao quanto dura uma galaxia ate seu nucleo diminuir á forca ? (trilhoes de anos). Esse universo nessa configuracao atual tem cerca de 22 trilhoes de anos (segundo os ets) e na configuracao anterior proximo desse valor ; e sé levarmos em conta universos ainda mais antigos, sera um Deus no acuda temporal .

    1. O Sol tem cerca de 4.6 bilhões de anos. Deverá se manter assim por mais 5 bilhões de anos.

      O período temporal de estrelas e de galáxias são coisas diferentes.
      As galáxias terminam quando o buraco negro central as consumir, ou, na sua grande maioria, quando forem “comidas” por galáxias maiores. A nossa galáxia irá colidir com a Galáxia de Andrómeda, e aí já não poderemos falar da Via Láctea.

      O Universo atual tem 13,8 bilhões de anos.

      abraços

  1. […] 67 – Anti-Matéria (tag): Tempestades. Sol. […]

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