Este vídeo foi feito a partir de imagens reais captadas pela High Resolution Stereo Camara (HRSC) da missão da Agência Espacial Europeia, Mars Express. Também não foi publicado agora – a primeira vez foi já há cinco anos.
Mas nada como um magnífico vídeo que nos faz sobrevoar parte do Valle Marineris para nos lembrar que a missão detetou minerais compostos por água – ou seja, indícios de que há muito, muito tempo, a água correu pelos vales deste abismo desértico.
O Valle Marineris faz com que o Grand Canyon no nosso planeta pareça uma brincadeira na areia: possui 4 mil quilómetros de comprimento, 200 de largura e, em certas partes, chega aos dez quilómetros de profundidade. Os praticantes de asa-delta haveriam de ficar deliciados com a possibilidade de sobrevoar este gigantesco desfiladeiro.
De certa forma, é isto que o vídeo proporciona: asas-delta que nos conduzem por um vale com oito quilómetros de profundidade, a norte de Valle Marineris, conhecido como Hebes Chasma. Nas nossas asas podemos observar as várias crateras de impacto nas planícies entre os vales, os deslizamentos de terra nas paredes dos desfiladeiros e a superfície engelhada do vale.
O vídeo original não tem som ou banda sonora, pelo que editei-o de forma a incluir uma bonita peça do pianista norueguês Ketil Bjørnstad, The Sea III.
Não é um mar o que observamos no vídeo, mas Marte nunca foi para nós apenas o seu inóspito e desértico presente: é também um passado de rios e de mares, e possível vida, assombrando-nos a imaginação e instigando-nos a nunca desistir de procurar.
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