Deserto Marciano teve água no passado
No actual seco deserto Marciano podemos ver evidências de um passado molhado, como pequenos canais (centro), detritos transportados por fluídos ao redor das crateras (direita em baixo), desmoronamento das paredes das crateras (direita) e sedimentos que sofreram a erosão da água (esquerda em cima).
Na parte superior esquerda também vemos evidências de actividade vulcânica no passado: poeira negra depositada por erupções vulcânicas, provavelmente trazida pelo vento desde o Monte/Vulcão Elysium.
Estamos a ver crateras que há cerca de 3 mil milhões de anos eram provavelmente lagos com lama…
Um pouco mais abaixo da imagem, temos a área conhecida como Tagus Valles, que se pensa ser o que resta do que em tempos (3.000 milhões de anos atrás) foi o leito de um rio.
A imagem foi feita a 15 de Janeiro de 2013 pela High Resolution Stereo Camera instalada na sonda Mars Express, da ESA, e foi divulgada ontem, aqui.
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Carlos Oliveira
Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
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