O Sol, e todo o sistema solar, orbita a Galáxia numa viagem que demora quase 250 milhões de anos (pela medição terrestre).
Nessa viagem, por vezes passa pelos braços galácticos e outras vezes não.
Durante cerca de 60% do tempo, está a atravessar um braço espiral. Nessa altura, o sistema solar atravessa regiões com densidade média superior, com mais estrelas, mais nuvens moleculares, etc.
Ao atravessar regiões com mais estrelas, aumenta a probabilidade de uma dessas estrelas se aproximar da Nuvem de Oort e provocar instabilidades gravitacionais que enviem um maior número de cometas na direcção da Terra.
O astrónomo Jonti Horner encontrou uma correlação entre as 6 maiores extinções em massa (há 488 milhões de anos, 445 milhões de anos, 375 milhões de anos, 251 milhões de anos, 200 milhões de anos, 66 milhões de anos) e as 5 maiores seguintes (há 415 milhões de anos, 322 milhões de anos, 300 milhões de anos, 145 milhões de anos, 33 milhões de anos), com a passagem do sistema solar por um braço galáctico.
Isto não quer dizer que todas as extinções em massa sejam devido a esta viagem do Sol pela Galáxia, no entanto é preciso ter em conta também esta variável de modo a tentar perceber se existe um padrão ou padrões de tempo nas extinções em massa.
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Achei por acaso este paragrafo na Wikipedia que acho que pode servir para adicionar informação a esse assunto.
“De acordo com os dados obtidos pelo satélite artificial Hipparcos, colocado em órbita para medir a distância e o movimento das estrelas próximas, concluiu-se que a cada um milhão de anos, pelo menos doze estrelas em média passam a uma distância menor que um parsec (equivalente a 3.26 anos-luz) do Sol. Baseado em estimativas, acredita-se que, durante toda a existência do Sistema Solar, a menor distância que uma estrela passará do Sol será de aproximadamente 900 unidades astronômicas, bem além da heliosfera. Contudo, tal encontro resultaria na perturbação do movimento dos corpos da Nuvem de Oort, que seriam lançados em direções aleatórias, podendo provocar, inclusive, uma chuva de cometas que bombardearia a Terra e os demais planetas e que se estenderia por mais de dois milhões de anos”
Muito legal que agora temos condições de efetuar os cálculos necessários pra conseguir chegar a estas informações.
To ansioso pra saber bem mais, saber até quais foram as estrelas que passaram perto de nós no passado.
E pode mesmo ter ocorrido assim como o Jonti Horner.
Curioso que a teoria dele tem algo a ver também com a teoria “pseudo” de Hercolobus e etc..
Apesar de discordar em relação aos prazos, mas também se desse certo nisso eles iriam estar dando pulos agora hehe
Author
Nada tem a ver com planetas gigantes a entrar dentro do sistema solar… seja Nibiru ou Hercolubus…
Está-se a falar de estrelas a pelo menos 2 anos-luz de distância…
Eu sei, mas estou encantado de curiosidade pra saber destas estrelas.
Oq sei é que a Estrela de Bernard as vezes troca de lugar (em termos de ser a mais próxima) com a Alfa Centaure.
Author
http://www.astropt.org/2010/03/27/gliese-710-nemesis/
abraços! 😉
Me senti um leigo agora, como assim cruzar braço da galáxia? pensei q nosso Sistema Solar estivesse “fixo” em um desses braços e não que realizasse movimento “orbital” ao redor da galáxia diferente do movimento espiral.
Author
O movimento dos braços é independente e a uma velocidade diferente do movimento orbital do sistema solar 😉
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