O Sol nasceu numa nuvem molecular.
As nuvens moleculares são imensas (vários anos-luz de diâmetro) e são o berço das estrelas. As estrelas formam-se em nuvens moleculares de gás e poeira. Como as nuvens moleculares são enormes, então formam diversas estrelas.
Desta forma, a nuvem molecular onde nasceu o Sol, também formou outras estrelas. Mas até agora, não tínhamos evidências dessas irmãs solares.
Uma equipa de astrónomos liderada por Ivan Ramirez da Universidade do Texas em Austin, identificou pela primeira vez uma irmã do Sol – uma estrela que nasceu da mesma nuvem de gás e poeira que formou o nosso Sol.
A equipa analisou 30 possíveis estrelas candidatas. Após calcular as suas órbitas e analisar quimicamente a sua composição, o resultado foi que uma das estrelas será uma irmã do Sol.
A estrela chama-se HD 162826 e encontra-se a cerca de 110 anos-luz de distância do Sol, na direção da constelação de Hércules. Esta estrela não é visível a olho nú.
HD 162826 tem cerca de 15% mais massa que o Sol.
Esta estrela não tem um sistema planetário a orbitá-la. Pelo menos, que se conheça neste momento.
Leiam o artigo científico, o comunicado de imprensa da Universidade do Texas, o comunicado de imprensa do McDonald Observatory, e aqui.
3 comentários
Notei no texto: “Como as nuvens moleculares são enormes, então formam diversas estrelas.”
Acho isso ilógico..
Se ela é uma nuvem ela tenderia a se concentrar na região central..
No inicio isso seria instável e depois estabilizaria..
Se estou errado me expliquem..
Carlos, só um reparo: “imenso” também é um sinónimo de “muito”, ou seja, no segundo parágrafo do artigo [As nuvens moleculares são imensas (vários anos-luz de diâmetro)] ficaria melhor substituir o adjectivo por “enormes”. Mas o sinónimo “imensas” também está correcto! É só uma questão de interpretação, neste caso da minha parte.
Abraço!
Encontrar as irmãs do Sol é excelente pois ajudar a conhecer melhor a nossa história, ou melhor as origens do nosso Sistema Solar. Espero que encontrem outras.