Foi descoberta água líquida em Marte? Não! Mas é uma descoberta fantástica!

Linhas/raias escuras e estreitas, com 100 metros de comprimento, chamadas de “linhas recorrentes de encosta” (recurring slope lineae), fluindo em Marte, foram formadas pela ação de água corrente contemporânea. Recentemente, os cientistas planetários detectaram sais hidratados sobre essas raias na cratera Hale, corroborando sua hipótese inicial de que as estrias foram, na verdade, formadas por água líquida. Os cientistas estimam que a cor azul vista na parte mais alta das estrias escuras não estão relacionadas com sua formação, mas em vez disso foram originadas pela presença do mineral piroxênio. A imagem tem uma distorção vertical de 1,5. Créditos: NASA / JPL / Universidade do Arizona

Linhas/raias escuras e estreitas, com 100 metros de comprimento, chamadas de “linhas recorrentes de encosta” (recurring slope lineae), fluem em Marte, descendo ao longo das encostas. Contém sais hidratados, que provavelmente foram escorrendo pela acção de água líquida. Créditos: NASA / JPL / Universidade do Arizona

A ciência pode ser caracterizada por um acumular de evidências de modo a termos um contínuo acumular de conhecimento.

A descoberta de hoje é importante, mas é só um pequeno passado nas constantes descobertas sobre o planeta Marte.
No seguimento desta, a próxima grande descoberta, será evidências diretas de água líquida na superfície ou subsolo de Marte, atualmente. Será um pequeno fluído. Nada terá a ver com rios, mares ou oceanos. Será um pequeno e temporário fio de água líquida, muito localizado em certos locais de Marte.
A grande descoberta subsequente, caso exista, será evidências de vida microbiana que depende de água (como a vida que conhecemos), nesses fios de água localizados e temporários.

Mas hoje, nada disto foi descoberto!
Hoje, nem sequer a água líquida foi descoberta – ao contrário do que anda a ser dito em “todo o lado”.

Note-se que os próprios investigadores dizem claramente no artigo: não foram encontradas quaisquer evidências de água líquida. A própria Reuters fez uma correcção ao seu artigo com as palavras de Lujendra Ojha, o principal investigador neste estudo, que diz: “Não dizemos que encontrámos… evidências de água líquida. Encontramos sais hidratados.”
Mas sugerem que devido à sua descoberta publicada hoje, a água líquida poderá existir actualmente em Marte.
Ou seja, a NASA foi optimista nos seus artigos (aqui, aqui e aqui), mas os investigadores aconselham prudência na divulgação.

Raias estreitas escuras chamadas de “linhas recorrentes de encosta” (sigla RSL – recurring slope lineae) emanam para fora das paredes da cratera Garni em Marte. As estrias escuras aqui têm até poucas centenas de metros de comprimento. Elas são hipoteticamente formadas por fluxos de água líquida salobra em Marte. A imagem tem uma distorção vertical de 1,5. Créditos: NASA / JPL / Universidade do Arizona

Estrias estreitas e escuras (recurring slope lineae) emanam das paredes da cratera Garni em Marte. Créditos: NASA / JPL / Universidade do Arizona

Então, o que foi descoberto hoje?

Simples, leiam o artigo científico na Nature – Geoscience, aqui.
Este é o artigo que relata a descoberta.

Os investigadores criaram um novo software de computador que permite analisar melhor as imagens da MRO (Mars Reconnaissance Orbiter), uma das sondas que está a orbitar Marte.
E com esse novo programinha, conseguiram “observar” “linhas” mais escuras (comparando com o terreno ao redor) que vão crescendo, sobretudo em descida, e esse crescimento sazonal (no Verão marciano) será devido à percolação de um fluído salino. Ou seja, esse crescimento sazonal, periódico, das estrias, será devido à remoção ou dissolução de sais minerais.
Os sais deverão ser uma mistura de cloreto de magnésio, perclorato de magnésio, e perclorato/percloreto de sódio.

Isto foi “visto” em quatro locais específicos em Marte (nas paredes/encostas das crateras Palikir, Horowitz, e Hale, e no canhão (canyon) chamado Coprates Chasma). É tudo muito localizado, em sítios específicos e limitados.

Assim, a interpretação disto é que existem evidências espectrais de sais hidratados em certos locais de Marte, com linhas de escorrência, como os gullies, os sulcos nas paredes de crateras, de vales, montanhas ou de canhões (canyons).

Os sais permitem que a água congele somente a -70ºC e evapore a 24ºC, o que faz com que se possa manter em estado líquido mais tempo no ambiente do solo marciano.

Cratera Palikir. Créditos: NASA/JPL/Universidade do Arizona

Cratera Palikir. Créditos: NASA/JPL/Universidade do Arizona


Palikir crater RSL and spectral detection of hydration features. Créditos:

Cratera Palikir com recurring slope lineae e detecção espectral de características de hidratação. Créditos: Lujendra Ojha, Mary Beth Wilhelm, Scott L. Murchie, Alfred S. McEwen, James J. Wray, Jennifer Hanley, Marion Massé & Matt Chojnacki

Tudo o resto a seguir são evidências indiretas de evidências indiretas de evidências indiretas. Ou seja, especulações.

Realmente, existir água líquida nesses locais, de forma temporária, tem lógica. Porque esses sais existem na presença de água líquida recente. Por isso, esse é o próximo passo para se ter. Essa será a próxima evidência a ser encontrada em Marte: a fonte de hidratação e escoamento; o fluxo de água no Verão marciano. Mas não foi encontrada agora.

Essa água deverá vir (fonte) de baixo ou de cima: de aquíferos ou gelo no subsolo ou então da condensação da água na atmosfera rarefeita de Marte.

Essa evidência directa de água líquida, salgada, a ser encontrada no futuro, deverá ser muito pouca. Não será em quantidades similares à da Terra – muito longe disso. Será provavelmente fios no subsolo, bem localizados, ao ponto de molhar um pouco a superfície. Esse molhado que vemos na superfície escurece as estrias no Verão.

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Sabe-se que Marte teve mares, rios e lagos no passado. Há 3 mil milhões (bilhões, no Brasil) de anos. Em que existia também uma atmosfera substancial.

Pensa-se, ou melhor, espera-se, que existam ainda vestígios, fios de água líquida no subsolo presentemente. Mas, para já não existem evidências directas disso. A descoberta de hoje, aponta-nos nessa direcção, sendo assim uma evidência indirecta.

Exemplo de dinâmica da atividade sazonal na cratera Newton em Marte

Exemplo de dinâmica da atividade sazonal na cratera Newton em Marte

Acabo como comecei: tudo isto faz parte do processo da ciência, com um acumular contínuo de evidências.

Já anteriormente, dados obtidos pelo robot Curiosity sugeriam que as camadas superficiais de solo marciano podem albergar temporariamente pequenas quantidades de água líquida saturada com sais de perclorato. Leiam o nosso artigo, aqui.

Também anteriormente, já sabíamos que existia este fluído nas paredes de crateras, e que poderia ser devido a água salgada corrente no subsolo. Leiam na NASA, aqui.

Hoje foi divulgada pela NASA a existência desses sais hidratados em 4 locais de Marte, onde poderá existir água a fluir pelo subsolo das encostas.

O próximo passo será mesmo detectar a água líquida a fluir em Marte.

32 comentários

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    • Francisco de Assis Dorneles on 01/10/2015 at 01:53
    • Responder

    Valeu pelos esclarecimentos Carlos, me assustou a questão do aquecimento global em Vênus, ressoa algo muito familiar aos rumos que a Terra esta indo.
    Interessante ter água em crateras lunares em estado congelado. Talvez caberia uma nova missão ao nosso satélite. Em Goiânia não sei se encontraria o livro que vc cita Jaculina. Me pareceu bem interessante, valeu a dica.
    Abraços a todos aqui do Brasil .

    • francisco de Assis Dorneles on 30/09/2015 at 17:03
    • Responder

    Pelo que vc me afirma Carlos, então existe mais semelhante entre o planeta vermelho e a Terra do que se poderia imaginar.
    Viajando em meus pensamentos imagino uma missão arqueológica ao planeta vermelho, e mais que isto, talvez achar alguma espécie de vida que tenha resistido as mudanças que Marte enfrentou até os dias de hoje.
    Quando vc cita Vênus, imagina um planeta Terra mais gasoso semelhante a nossa condição antes de passar por processo de resfriamento em que os gases suspensos baixaram formando oceanos ?
    E a lua existe evidências de água pelo menos no estado congelado ?
    Abraços.

    1. Vênus é igual à Terra (tamanho e massa muito semelhantes). A única diferença é um aquecimento global acentuado, o que torna a atmosfera mais espessa… o que leva a um aumento de temperatura. É um ciclo vicioso 😉

      Sim, em relação à Lua 😉
      http://www.nasa.gov/mission_pages/Mini-RF/multimedia/feature_ice_like_deposits.html

      abraços

    2. Não precisa de viajar em pensamentos para encontrar uma missão dessas a Marte!

      Basta ler “Regresso a Marte” de Ben Bova.

    • francisco de Assis Dorneles on 30/09/2015 at 01:40
    • Responder

    E hoje, seria correto afirma que o planeta Terra chegou a um nível de estabilidade natural ? Pessoalmente acredito que sim.
    Falando de Marte, tempos atrás me recordo de ver um vídeo do Carl Sagan fazendo uma analogia entre o planeta vermelho e a Terra. Na verdade um alerta a espécie humana para não virmos a ser um futuro planeta Marte.
    Imagino que não tenhamos conhecimento ainda para supor que Marte no passado possa ter sido um planeta semelhante a Terra.
    E a Terra, vc acredita que ela possa a ser um futuro planeta Marte ? Acho uma grande pretensão nossa acreditar que possamos um dia acabar com o planeta.
    Acredito que a Natureza tenha mais força de se renovar do que a nossa espécie de tentar acabar com tudo. Mesmo que venhamos a fazer um grande rombo no clima ou numa guerra nuclear. Imagino que poderia ser o nosso fim e não do planeta.
    Finalizando imaginando a visão do Carla Sagan analisando o que teria acontecido com Marte ? Talvez Marte tenha sido sempre o que é hoje.
    E a Terra com seu grande sistema natural abundante, será que ela própria segue um curso para o fim tornando-se árida como Marte ?

    1. Há cerca de 3 mil milhões de anos (bilhões, no Brasil), Marte era relativamente semelhante à Terra, com oceanos, lagos, água à superfície, e uma atmosfera substancial.

      A Terra não ficará como Marte. Poderá é ficar como Vénus, já que o Sol, na sua evolução natural, irá tornar a Terra como Vénus 😉

      abraços

    • Mirian Martin on 29/09/2015 at 23:50
    • Responder

    Mas é possível criar uma atmosfera de forma que Marte seja menos hostil e que a água possa ser potável – sem precisarmos recorrer a excrementos de elefantes 😛 – ou pelo menos tratável para consumo?

    1. Criar uma atmosfera… seria terraformar Marte, o que acho que dentro das próximas centenas de anos é inviável. 😉

      Água potável poderá vir a existir… mas note-se que se está a falar de muito pouca água em Marte, e que ela seria melhor aproveitada para criar combustível 😉

        • Leitor de Julio Verne on 30/09/2015 at 13:36

        Seria possivel terraformar daqui a centenas de anos quando marte já teve condições menos hostis?
        Ou será que as condições não são assim tão hostis como pensamos?

  1. “The dark streaks here are up to few hundred yards, or meters, long. They are hypothesized to be formed by flow of briny liquid water on Mars.”
    http://www.nasa.gov/image-feature/jpl/pia19917/dark-recurring-streaks-on-walls-of-garni-crater

    A NASA hoje editou o artigo de modo a colocar a água somente como hipótese que pode vir a ser comprovada no futuro 😉

    • Francisco de Assis Dorneles on 29/09/2015 at 17:04
    • Responder

    A ciência consegue explicar o porque de planetas relativamente próximos a Terra, não terem as mesmas condições naturais que nós temos.
    Não imagino nem ao nível natural terrestre, mas próximo. E mais ainda e outros exoplanetas ? O que nos diferencia no momento dos planetas que orbitam o nosso Sol para permanecer apenas na Terra tais condições de vida com clima ideal, fauna e espécias de variadas formas.
    E nem menciono a espécie humana com a sua grande capacidade de evolução intelectual.
    Abraços.

      • Paulo Gonçalves on 29/09/2015 at 17:56
      • Responder

      E o facto de felizmente o planeta girar a uma velocidade suficientemente grande para gerar um campo magnético que “nos permite” ficar protegidos da forte radiação solar… de haver um satélite natural terrestre que permite o funcionamento das correntes oceânicas que faz com que o planeta tenha também ele uma temperatura “estável”! isso e uma grande dose de sorte que provavelmente não acontece em muitos locais do universo, não digo com isso que não possa haver vida, até porque acho que olhamos para o universo “presos” às leis que nos rodeiam… enfim! 😀

      1. Pessoalmente sou bastante otimista quanto a essas coisas 😉

        Por exemplo, a maior parte das estrelas no Universo são anãs vermelhas. E os planetas estarão bem perto delas, para estarem na chamada zona habitável.
        Obviamente, ao estarem mais perto, levam imenso com flares estelares.
        Há quem pense que isso é mau para a vida. Eu não penso assim 😉 . Eu penso que a vida que se desenvolva nessas condições, usará essa radiação em seu proveito… estando adaptada a enorme dose diária de radiação 😉

    1. Mais próximo da Terra:
      Mercúrio não tem atmosfera praticamente. Ao não ter atmosfera, não consegue ter água à superfície.
      Vénus é o planeta mais quente do sistema solar, devido à atmosfera demasiado substancial. Qualquer água na superfície, evaporava rapidamente.

      Mais longe:
      Marte, tem uma atmosfera rarefeita, devido a ter menos massa que a Terra o que o fez perder grande parte da atmosfera. Além disso, é mais frio.

      Terra:
      Não há qualquer clima ideal. Ao longo dos milhares de milhões (bilhões) de anos, a Terra foi mudando de condições. Os Humanos não conseguiriam existir em grande parte do tempo da Terra.

      abraços

    • Silvio Monteiro on 29/09/2015 at 14:15
    • Responder

    Como nao pode ser consumivel esta agua? Se ate agua das fezes o pessoal ja trata. Claro que daria sim inclusive formas de vida pois do contrario nao haveria vida em mares altamente salgados na Terra.

    1. Só tratando muito bem mesmo…

      Sabe o que acontece aos humanos quando bebem água do mar, certo?
      Agora imagine água mesmo muito salgada… 😉

  2. Ola Dr Carlos

    Um amigo me questionou da seguinte forma, após eu afirmar que Marte é um Planeta hostil para nós seres humanos…

    “essa informação de q o planeta marte e hostil para a sobrevivência de seres humanos foi difundida pela propria NASA, e se na verdade for ao contrário, o planeta marte for realmente apto a sustentar vida humana ?…, a NASA é pura desinformação…

    Como podemos evidenciar a inospitalidade de Marte, falta de água, fauna, flora, vegetação, nível 0,13 de oxigênio, radiação violenta, sem campo magnético, sem utilizar a NASA para tal ?

    Abraço

    1. A NASA é “somente” uma agência espacial. Existem várias outras agências espaciais, algumas delas com sondas em Marte, como a ESA. Por isso, a NASA não poderia dar desinformação, senão as outras diriam que estava errado.

      Para humanos irem a Marte, neste momento temos como hipóteses a NASA e a agência espacial chinesa.
      Os privados ainda estão muito atrasados neste momento, mas no futuro também serão uma hipótese 😉

      Marte e todos os outros planetas (e luas) são hostis para o ser humano.
      A própria Terra é hostil em grande parte para os seres humanos. Não para a vida, que pode existir em praticamente todo o lado e existiu na Terra por quase toda a sua história. Mas se falarmos de humanos, eles não podem viver sobre as nuvens, não podem viver dentro de pedras, não conseguem estar (sem tecnologia) debaixo de água a viverem, não conseguem viver muito tempo sob -80ºC ou sempre acima de 80ºC. Etc, etc, etc. E durante quase toda a existência da Terra, os humanos atuais não poderiam existir (porque a atmosfera era diferente, etc).

      Para viverem em Marte, os humanos terão que viver como vivem debaixo do mar, por exemplo: com o auxílio de tecnologia… muita tecnologia 😉

      Note que o ser humano é uma consequência de uma evolução de milhares de milhões / bilhões de anos, de seres que foram continuamente se adaptando ao ambiente que está em constante mutação. Nós estamos habituados a este ambiente atual terrestre.
      Se quisermos ir para outro lado, ou esperamos evoluir com adaptações lá durante bilhões de anos, ou então se quisermos mudar de local repentinamente temos que usar tecnologia para nos ajudar na nossa vida diária 😉

      abraços!

      1. Obrigado ; )

        • Leitor de Julio Verne on 30/09/2015 at 13:27

        Já vi vários artigos que diziam que marte já teve rios e um grande oceano, e a minha pergunta é se será possivel já ter havido vida em marte?

      2. Sim, Marte já teve rios, lagos e oceanos à superfície. Há 3 mil milhões de anos.
        Sim, poderá ter havido vida nessa altura. Não se sabe.

        abraços

    1. Se ler o artigo em cima, percebe que esse link está lá.

      “Ou seja, a NASA foi optimista nos seus artigos (aqui, aqui e aqui), mas os investigadores aconselham prudência na divulgação.” —- o primeiro “aqui” é esse link 😉

      O resumo do que aconteceu está logo no segundo parágrafo desse artigo (e está explicado no artigo aqui em cima):

      “Using an imaging spectrometer on MRO, researchers detected signatures of hydrated minerals on slopes where mysterious streaks are seen on the Red Planet. These darkish streaks appear to ebb and flow over time. They darken and appear to flow down steep slopes during warm seasons, and then fade in cooler seasons. They appear in several locations on Mars when temperatures are above minus 10 degrees Fahrenheit (minus 23 Celsius), and disappear at colder times.”

      Isto foi o que aconteceu… como pode ler no artigo científico da Nature.
      (o artigo da NASA é um artigo de divulgação)

        • José Luiz on 29/09/2015 at 17:00

        Agora entendi. Quando li seu texto pela primeira vez, não havia acessado os links. Muitíssimo obrigado pelo esclarecimento, muito embora o mesmo tenha me deixado profundamente triste! 🙂

        Sonho estar vivo no dia que descobrirem vida (ou evidências incontestáveis de sua existência no passado) fora do nosso pequeno oásis, e a descoberta de água – ainda que em pequenos filetes – em marte ou a confirmação dos supostos oceanos em Europa e em Ganimedes seria um grande passo nessa direção.

        Isto e acompanhar a primeira missão tripulada a Marte, prevista (espero que respeitem os prazos!) para a década de 2030 pela NASA são coisas que gostaria muitíssimo de ter a oportunidade de acompanhar.

        Desconsidero a “Mars One”, que mais aparenta ser uma fraude (caso não seja, detestaria acompanhar “ao vivo” o perecimento das sucessivas tripulações), bem como qualquer missão tripulada a Europa – esta última, caso ocorra, deve estar ainda muito, muito distante. Em relação a Europa, terei que contentar-me com o bom filme “Europa Report”.

        Um grande abraço e, mais uma vez, agradeço as explicações.

      1. abraços! 😉

    • Mirian Martin on 29/09/2015 at 02:38
    • Responder

    E qual a probabilidade de uma missão tripulada ao planeta vermelho dar certo sem água ou com só “miragem”?

    1. Esta água, nem com palhinha é consumível 😀 eheheheh 😛

        • Leitor de Júlio Verne on 30/09/2015 at 02:39

        Já ouviste falar em Dessalinização? O ser humano pode fazer milagres, inclusive florestar essas zonas criando oasis no meio de um planeta desértico.

        Nunca seria fácil para os humanos a vida no planeta marte, mas acredito que com a tecnologia que temos já seria possivel sobreviver nesse planeta, o mais complicado seriam as questões de logistica.

      1. Com tecnologia é muito mais fácil ir retirar água aos pólos, do que dessalinizar 3 gotas de água de paredes de crateras…

    • Mirian Martin on 29/09/2015 at 02:35
    • Responder

    Mas, falando sério agora, uma vez ouvi da possibilidade desses sais, ao invés de serem produto da existência de água, serem eles os que catalizam e produzem água.

    • Mirian Martin on 29/09/2015 at 02:34
    • Responder

    Eu sugiro à NASA fazer uma pesquisa mais detalhada desse processo de escoamento misterioso, de uma água misteriosa, aqui no Brasil, mais especificamente em São Paulo. Aposto que em Marte tem mais água que o Reservatório Cantareira.

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