O Telescópio Espacial Hubble observou a primeira “explosão” de estrela, sendo que a sua imagem foi prevista por astrónomos.
O Telescópio Espacial Hubble criou uma imagem da primeira explosão de supernova prevista por astrónomos.
A existência da supernova Refsdal foi calculada utilizando diferentes modelos do aglomerado de galáxias, cuja enorme gravidade está a curvar a luz da supernova.
Muitas estrelas terminam as suas vidas numa enorme explosão, mas só algumas delas foram vistas durante esse acto. E quando isso aconteceu, foi por pura sorte… até agora.
A 11 de Dezembro de 2015, uma equipa de astrónomos conseguiu ver uma supernova, enquanto ela estava a decorrer. E isso aconteceu, porque os astrónomos previram previamente que ela se ia encontrar naquele local àquela hora.
A supernova, apelidada Refsdal (o nome vem do astrónomo Norueguês, Sjur Refsdal, que em 1965 foi o primeiro a propôr utilizar imagens em diferentes tempos para ver uma supernova com a sua luz curvada), foi observada no aglomerado de galáxias MACS J1149.5+2223. A luz desse aglomerado demorou 5 mil milhões (bilhões, no Brasil) de anos a chegar à Terra. Mas a supernova é mais velha que isso, sendo que a sua luz demorou 10 mil milhões (bilhões, no Brasil) de anos a chegar à Terra.
Em Novembro de 2014, os cientistas viram 4 imagens da supernova Refsdal em diferentes alturas, ao observarem o raro alinhamento chamado Cruz de Einstein, ao redor da galáxia MACS J1149.5+2223.
Esta ilusão cósmica deve-se ao facto da massa dessa galáxia curvar e magnificar a luz de objectos que estão “escondidos” muito para lá do aglomerado de galáxias (visto da perspectiva da Terra). Isto chama-se gravitacional lensing (lente gravitacional).
Como o aglomerado de galáxias tem uma massa que não está distribuída equitativamente, a luz dos objectos “por trás” (pela nossa perspectiva) curva de forma diferente e aparece em alturas diferentes.
Assim, os cientistas, após as observações dessa supernova em 2014, previram que uma imagem dela iria aparecer em “certo local” ao redor do aglomerado de galáxias e “em determinada altura”. E aconteceu exactamente como eles tinham previsto.
Mais uma vitória do conhecimento, da matemática e da ciência.
Como disse Patrick Kelly, investigador principal deste estudo: o Telescópio Espacial Hubble (HST) ajudou, mais uma vez, a provar que o método científico é a melhor ferramenta que temos para compreender o Universo à nossa volta.
Leiam o artigo no website do HST, aqui.
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