Um grupo de cientistas, liderado pelo Dr. Sjoert van Velzen da Universidade Johns Hopkins, observou uma nova forma do plasma escapar da força gravitacional de um buraco negro supermassivo.
Os resultados são baseados nas observações de rádio rastreando uma estrela que se estilhaçou devido à força do buraco negro supermassivo. Este buraco negro está localizado no centro da PGC 43234, uma galáxia localizada a aproximadamente 290 milhões de anos-luz de distância da Terra.
Esses eventos violentos levaram a uma explosão de luz, produzida à medida que pedaços da estrela caem no buraco negro supermassivo.
Pela primeira vez, os astrônomos foram capazes de mostrar que essa explosão é seguida de um sinal de rádio da matéria que foi capaz de escapar do buraco negro viajando para longe num jato a uma velocidade próxima à velocidade da luz.
A descoberta do jato foi possível devido a uma resposta observacional depois de uma ruptura estelar conhecida como ASASSN-14li.
“O evento foi registado pela primeira vez pelo All-sky Automated Survey for Supernovae (ASAS-SN) e depois registado com o Arcminute Microkelvin Imager Large Array, localizado em Cambridge”, disse a Dra. Gemma Anderson, um dos membros da equipa do International Centre for Radio Astronomy Research.
Os jatos são normalmente observados em associação com buracos negros, mas seu mecanismo de lançamento permanece um mistério. A maior parte dos buracos negros supermassivos são alimentados de forma constante por gás, levando a jatos que vivem por milhões de anos e mudam pouco na escala da vida humana.
Contudo, o jato do buraco negro da PGC 43234, se comportou de forma muito diferente: as observações mostram que depois de uma breve injeção de energia, ele produziu fogos de artifício curtos, porém, espetaculares (em rádio).
O jato observado foi antecipado pelo chamado Scale-Invariant Model Of Accretion. Ele prevê que todos os objetos compactos que crescem com matéria se comportam e parecem o mesmo depois de uma simples correção baseada na massa do objeto.
“Eu sempre gostei muito da natureza elegante da teoria da escala invariante, mas as observações prévias nunca encontraram evidências para o novo tipo de jato previsto”, disse o Dr. Van Velzen.
As novas descobertas, publicadas na revista Science, sugerem que esses jatos podem ser comuns e observações prévias simplesmente não foram sensíveis o suficiente para detectá-los.
Fonte: Sci-News
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