Os astrônomos pulverizaram o recorde do aglomerado de galáxias mais distante já registado.
Usando o Observatório de Raios-X Chandra, da NASA, os astrônomos observaram o aglomerado de galáxias conhecido como CL J1001+0220, localizado a 11.1 bilhões de anos-luz da Terra.
Este aglomerado foi observado após o seu nascimento, o que representa um ponto muito importante para se saber sobre a evolução dessas enormes estruturas.
O aglomerado foi descoberto utilizando o projeto COSMOS que observa pedaços do céu em diferentes comprimentos de onda.
Além da impressionante distância, outra característica também chama a atenção nesse aglomerado: a alta taxa de formação de estrelas em galáxias perto do centro do aglomerado.
11 galáxias foram descobertas num raio de 250 mil anos-luz do centro do aglomerado.
Dessas 11, 9 apresentam uma alta taxa de formação de estrelas, equivalente a 3400 sóis por ano.
Essa alta taxa de formação de estrelas faz com que esse aglomerado se diferencie de outros localizados a 10 bilhões de anos-luz de distância, sugerindo que as galáxias elípticas dentro dos aglomerados podem formar suas estrelas através de explosões mais violentas e mais curtas do que as galáxias elípticas fora dos aglomerados.
O último estudo do CL 1001 mostra que o aglomerado provavelmente se encontra num período de transição de um proto-aglomerado para um aglomerado maduro.
Isso é importante, pois os astrônomos nunca haviam observado um aglomerado de galáxias nessa fase da vida.
Assim, eles juntam mais uma peça para entender o complexo quebra-cabeças da evolução dos aglomerados, das galáxias e do próprio universo.
Fonte: Observatório Chandra
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