O Júpiter Morno menos massivo até hoje

Existe um grupo de exoplanetas chamados de Júpiter Mornos (Warm Jupiter).
Eles são exoplanetas com massa mínima equivalente a 0.3 vezes a massa de Júpiter e com períodos orbitais entre 10 e 100 dias.

Esse tipo de exoplaneta marca a transição entre os Júpiter Quentes com período orbital entre 1 e 10 dias e os exoplanetas parecidos com Júpiter com período orbital acima de 100 dias.

Embora a palavra Warm e Hot signifiquem praticamente a mesma coisa, os Júpiter Mornos, são um pouco mais frios que os Júpiter Quentes.

Astrônomos europeus fizeram uma descoberta interessante: detectaram o exoplaneta do tipo Júpiter Morno com a menor massa até ao momento.

Esse novo exoplaneta foi detectado pela sonda Kepler durante a fase 7 da sua missão K2, conduzida entre os dias 4 de Outubro e 26 de Dezembro de 2015.

O exoplaneta apelidado de EPIC 218916923b orbita uma estrela do tipo K0V a cada 29 dias, e está localizado a aproximadamente 500 anos-luz de distância da Terra.

Para confirmar a presença do exoplaneta, foram usados dados obtidos pelo Nordic Optical Telescope (NOT) de 2.56 metros, pelo Telescopio Nazionale Galileo (TNG) de 3.58 metros, ambos no Observatório de Roque de Los Muchachos, pelo telescópio de 2.7 metros do Observatório MacDonald no Texas e pelo Telescópio de La Silla do ESO de 3.6 metros.

Com isso foi possível caracterizar os principais parâmetros do exoplaneta.
Ele tem um raio equivalente a 0.81 do raio de Júpiter, tem 38% da massa de Júpiter e é cerca de 12% menos denso que o nosso Gigante Gasoso.
Tem um núcleo com massa equivalente a 48 vezes a massa da Terra, e o núcleo contém 40% da massa total do planeta.

Esse exoplaneta é a mais nova aquisição para uma lista de 80 Júpiteres Mornos descobertos até hoje.
Além disso, esse exoplaneta se junta ao pequeno hall de exoplanetas que puderam ter sua massa e seu raio muito bem caracterizados.

A descoberta desse exoplaneta marcou um passo importante no entendimento e na caracterização melhor da população de Júpiteres Mornos em termos de massa, raio e parâmetros orbitais.

Com um exoplaneta assim bem caracterizado é possível testar os modelos de formação planetária.

Fontes: Phys.org , Artigo Científico.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.