Esta imagem mostra o disco poeirento que rodeia a estrela jovem isolada HD 169142.
O Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) obteve esta imagem de alta resolução do disco, ao capturar os ténues sinais dos grãos de poeira milimétricos que o constituem.
Os anéis são bandas espessas de poeira, separadas por acentuados espaços vazios.
Preparado para estudar a poeira e gás frios de sistemas como a HD 169142, os olhos aguçados do ALMA têm revelado a estrutura de muitos sistemas estelares bebés com semelhantes cavidades e espaços vazios. Foram já propostas uma variedade de teorias para explicar estes sistemas — tais como turbulência causada por instabilidades magneto-rotacionais, ou fusão de grãos de poeira — mas a mais plausível é que estes espaços vazios pronunciados sejam causados por protoplanetas gigantes.
Quando os sistemas planetários se formam, o gás e a poeira coalescem para formar planetas. Estes planetas “limpam” depois de forma eficaz as suas órbitas dos restos de gás e poeira, levando este material a colocar-se em bandas bem definidas. Os espaços vazios pronunciados que vemos nesta imagem são consistentes com a presença de múltiplos protoplanetas — uma descoberta que está de acordo com outros estudos deste sistema feitos no óptico e no infravermelho.
A observação de discos protoplanetários poeirentos feita com o ALMA permite aos astrónomos investigar os primeiros passos da formação de planetas com o intuito de compreenderem melhor os caminhos evolutivos destes sistemas bebés.
Fonte (transcrição): ESO
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