Estudar o processo de formação de estrelas é algo de suma importância para se entender posteriormente a formação de planetas e a evolução de sistemas planetários.
Porém, não é algo fácil de se fazer.
Estudar as estrelas perto da sua formação é algo que só vem ganhando cada vez mais detalhes graças ao ALMA, o conjunto de antenas do ESO no Chile.
Um estudo importante no processo de formação das estrelas é entender o papel das linhas de campo magnético.
Pensava-se que essas linhas eram extremamente poderosas e ordenadas.
Com o ALMA, os pesquisadores descobriram recentemente um campo magnético fraco e desorganizado perto de uma estrela recém-formada. Isso sugere que o impacto dos campos magnéticos na formação das estrelas é mais complexo do que se pensava anteriormente.
A estrela estudada foi a Ser-emb 8, localizada a cerca de 1400 anos-luz de distância da Terra, na região de formação de estrelas da Serpente.
O ALMA, com a sua extrema sensibilidade, é capaz de estudar os campos magnéticos em pequena escala dentro das regiões de formação de estrelas, mapeando a polarização da luz emitida pelos grãos de poeira que seguem as linhas de campo magnético.
Os astrônomos compararam as observações feitas com o ALMA, com modelos gerados em computador e conseguiram assim estudar em detalhe o ambiente magnético ao redor da estrela.
Além disso, os astrônomos concluíram que o campo magnético muda de estrela para estrela.
No caso específico dessa estrela, a estrela se formou num ambiente fracamente magnetizado, dominado por turbulência, enquanto que estudos anteriores mostraram fontes que claramente se formaram em ambientes fortemente magnetizados.
A questão agora é descobrir o quanto esse cenário é comum na formação das estrelas.
Fonte: ALMA, Artigo Científico
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