A região entre Marte e Júpiter encontra-se repleta de mundos rochosos chamados asteróides. Estima-se que esta cintura de asteróides contenha milhões de pequenos corpos rochosos, sendo que cerca de 1,1 a 1,9 milhões destes objetos têm dimensões superiores a um quilómetro. Pequenos fragmentos destes corpos caem frequentemente na Terra sob a forma de meteoritos. Curiosamente, 34% de todos os meteoritos encontrados na Terra são de um tipo particular: condritos-H. Pensa-se que estes meteoritos têm origem no mesmo corpo progenitor — e um potencial suspeito é o asteróide 6 Hebe, o qual pode ser visto nesta imagem.
Com aproximadamente 186 km de diâmetro e com o nome da deusa grega da juventude, 6 Hebe foi o sexto asteróide a ser descoberto, em meados do século XIX. Estas imagens foram obtidas durante um estudo deste mini-mundo feito com o auxílio do instrumento SPHERE montado no Very Large Telescope do ESO, estudo este que pretendia testar a ideia de que os condritos-H teriam origem em 6 Hebe.
Os astrónomos modelizaram a rotação e a forma 3D do 6 Hebe, ambas reconstruídas a partir das observações e usaram o modelo tridimensional para determinar o volume da maior depressão em 6 Hebe — muito provavelmente uma cratera de impacto de uma colisão que poderia ter criado vários meteoritos. No entanto, o volume da depressão é 5 vezes menor do que o volume total das famílias de asteróides próximas com composição de condritos-H, o que sugere que o 6 Hebe não é afinal uma origem provável dos condritos-H.
Fontes: ESO (transcrição), Artigo Científico
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