Há uns anos atrás, o filho da astrónoma Juna Kollmeier perguntou-lhe: as luas podem ter luas?
Na altura, ela não soube responder.
Mas pareceu-lhe minimamente lógico que algumas luas possam ter luas.
Então, resolveu investigar essa ideia com o astrónomo Sean Raymond.
O estudo concluiu que luas menores em órbita de luas maiores não devem ser comuns. Na maioria dos casos, não haverá espaço suficiente para as luas menores. A lua menor deve-se aproximar do planeta ao ponto das forças de maré gravitacional a despedaçar.
Para essa lua menor em órbita da outra lua maior, poder sobreviver, tem que ter um diâmetro menor que 9 km. Além disso, tem que orbitar uma lua grande e com massa suficiente para a manter gravitacionalmente ligada. Por fim, a lua menor tem que estar suficientemente longe do planeta para não ser perturbada por ele.
No nosso sistema solar, várias luas têm estas características: Titã, Iapetus, Calisto, e até a nossa Lua.
Infelizmente, no nosso sistema solar, nenhuma destas luas tem uma lua menor na sua órbita.
No entanto, teoricamente, é possível a existência destas luas em segundo grau.
Quiçá possam existir em sistemas extrasolares.
A existirem, como lhes devemos chamar?
No artigo científico, os autores chamam-lhes submoons, subluas.
No entanto, as redes sociais já decidiram qual o melhor nome: moonmoons, lualuas.
Outros nomes que foram sugeridos são: moonitos, moonettes, e moooons.
Quem decide formalmente os nomes é a União Astronómica Internacional. E vai ter que tomar essa decisão no futuro.
No entanto, popularmente, parece que o nome já está decidido: moonmoons, lualuas.
Fontes: artigo científico, New Scientist, Smithsonian.
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