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Existenz é um filme de 1999.
Na altura, vi este filme e adorei-o – apesar de a história se tornar um pouco confusa.

Era uma altura em que a internet estava a começar, e nós, os jovens, pensavamos em inúmeras possibilidades. Uma das especulações era estarmos em 2020 a viver dentro de histórias de realidade virtual (dentro de videojogos).
Se isso acontecesse, será que conseguiríamos distinguir a realidade real da virtual?
Como distinguiríamos a realidade?
O que é real?

Esta é a grande premissa do filme.
E é assim mesmo que acaba: com a pergunta aos personagens do filme: sabem se estão na realidade ou no videojogo?

O filme termina sem essa resposta. Ficamos sem saber se as últimas cenas eram a realidade ou o videojogo.

Até porque eles embrenham-se em realidades dentro de outras realidades virtuais. Ou seja, dentro do jogo, entram num outro jogo e a seguir entram ainda dentro de outro jogo: a profundidade dentro do virtual vai aumentando.

Assim, faz lembrar o filme Inception.

É um filme que proporciona um bom entretenimento, e que ao mesmo tempo nos faz pensar em algumas questões mais filosóficas.

No entanto, é um filme que acabaria rapidamente, se logo no início o defensor da realidade, Noel Dichter, tivesse matado Allegra Geller com a arma encostada a ela (como fez ao outro) em vez de lhe acertar de longe no ombro. Sem Allegra, acabava-se o filme.
Também não existiria história se o dispositivo de ligação ao jogo virtual não ficasse danificado. É um dispositivo orgânico, quase sendo um animal, já que “provém de ovos de anfíbios fertilizados com ADN sintético” (seja lá o que isso quer dizer!).

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