“O impacto da astronomia islâmica na ciência moderna.
Na Idade Média, a astrologia islâmica era a mais avançada da época.
O povo islâmico herdou da Grécia Antiga o estudo da astronomia e ao longo dos séculos continuou a observar as estrelas.
Os desenhos mais antigos de constelações remontam há mil anos e viriam a influenciar fortemente o estudo subsequente da astronomia.
No século XV, astrónomos islâmicos construíram o maior observatório da altura. Levando a cabo observações do Sol, eram capazes de determinar de forma precisa a duração de um ano.
Além disso, segundo pesquisas recentes, descobriu-se que o heliocentrismo proposto por Copérnico foi elaborado com base nas descobertas da astronomia islâmica.
A astronomia islâmica desempenhou um importante papel em aprofundar o estudo astronómico.
Este documentário explora essa glória desconhecida.”
Unknown Islamic Astronomy: The Roots of Modern Science é um excelente documentário que também passou na RTP.
Este documentário explora a importância do Islão na astronomia, e da astronomia no Islão medieval.
No século VII (depois da Mesopotâmia, Egipto e Grécia), a astronomia foi retomada pela dinastia islâmica, e floresceu.
Até ao Renascimento, na Europa, no século XV.
Os povos nómadas nos desertos árabes, por exemplo nos Emirados Árabes Unidos, precisavam de utilizar as estrelas como mapas estelares. Eles tinham que atravessar o deserto. Tinham que saber para onde queriam ir e qual a direcção que deveriam seguir.
As estrelas davam a localização de uma pessoa.
A maioria dos nomes de estrelas são provenientes do árabe.
As constelações que conhecemos hoje, são resultantes de criações de astrónomos islâmicos.
O Livro das Constelações das estrelas fixas, contém os desenhos das constelações mais antigos do mundo. Foi criado pelo astrónomo al-Sufi, no século X, há cerca de 1000 anos.
Também contém dados sobre as estrelas de cada constelação.
E, quiçá surpreendentemente, já inclui a “nuvem” que é a Galáxia de Andrómeda. Apesar de serem apenas pequenos pontos juntos, é a representação mais antiga da galáxia de Andrómeda.
A astronomia desenvolveu-se bastante no Islão Medieval devido à religião: as pessoas precisavam rezar viradas para Meca. Para isso, tinham de saber onde estava Meca.
Adicionalmente, o início e o fim do jejum do Ramadão são assinalados pela Lua.
O calendário islâmico é baseado nas fases da Lua.
A astrologia também impulsionou que se fizessem estudos astronómicos mais detalhados e medições astronómicas mais precisas.
O objectivo era saberem, por exemplo, se deviam entrar em batalhas, construir cidades, casar, etc.
Assim, todos os astrólogos tinham que saber profundamente de astronomia. Ou seja, ao contrário de hoje, naquela altura os astrólogos tinham formação astronómica avançada.
Seguidamente, o documentário concentrou-se no astrolábio: um instrumento que permitia aos muçulmanos navegarem pelo Mediterrâneo e pelo Oceano Índico para comercializarem.
Usando o astrolábio pode-se determinar a hora e a localização, com base na posição e altura das estrelas.
Depois, o documentário explorou o Observatório Ulugh Beg: o mais preciso antes dos telescópios.
Neste observatório, os astrónomos conseguiram calcular com precisão a duração de 1 ano: com uma diferença de apenas 29 segundos!
Por fim, o documentário discute como o modelo heliocêntrico de Copérnico é baseado na astronomia islâmica. Copérnico utilizou o modelo geométrico de Nasir al-Din al-Tusi (que foi aperfeiçoado posteriormente por Ibn al-Shatir).
Esta foi a era dourada da astronomia islâmica.
Estes foram os alicerces da ciência moderna.
Nos tempos medievais, quando a Europa estava num impasse, a Astronomia islâmica era a mais avançada do mundo!
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